Numa aparente invasão da conta da Câmara dos Deputados no X, o perfil postou na manhã deste sábado (10) a mensagem "o ditador Alexandre de Moraes destrói a democracia".
O invasor também disse que "estão planejando um golpe de Estado orquestrado pelo Alexandre e por Lula", marcando com uma menção (arroba) a conta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Serei caçado", continuou, "mas estou lutando contra".
A postagem, com o horário de publicação 11:09, também marcou a conta do pastor Silas Mafalaia, uma das contas do podcaster Bruno "Monark" Aiub criadas após o banimento imposto a outras pelo ministro do STF, além dos perfis do ex-presidente Jair Bolsonaro e de seu filho Carlos Bolsonaro. "Repostem!", pediu o anônimo.
O tweet ficou menos de uma hora no ar, sendo apagado rapidamente. Usuários de esquerda e direita reagiram, com alguns chamando a mensagem de "fake news" e outros duvidando que tenha sido uma invasão, especulando (sem indícios) que alguém com acesso legítimo abusou do privilégio.
Para a segurança de contas online, o uso apenas de uma senha tem sido um método insuficiente para evitar invasões. Segundo a Microsoft, há 300 milhões de tentativas de invasão de contas por dia e níveis adicionais de proteção como a autenticação em dois fatores podem evitar 99,9% dos ataques.
A primeira-dama Janja da Silva teve sua conta invadida na mesma rede social (anteriormente chamada Twitter) em dezembro passado. O invasor postou mensagens como "Super Xandão presidente do Brasil em 2026". Na época, Janja não informou se estava usando autenticação em dois fatores e governistas tentaram usar o fato para defender o PL 2630/2020, o chamado "PL das fake news" ou, para os críticos, "PL da censura". O relator do projeto reagiu dizendo que a nova lei seria "agenda civilizatória", mas apagou a postagem mencionando a invasão do perfil de Janja após receber uma checagem pelo recurso "Notas da Comunidade". O dono do X, Elon Musk, explicou que a rede social não tem responsabilidade sozinha por assegurar que os usuários se protejam de invasões causadas por outras pessoas adivinharem suas senhas.
Em nota, a Câmara dos Deputados confirmou que sua conta "foi hackeada", chamando a postagem de "injuriosa". "Menos de 15 minutos depois, o texto foi apagado e imediatamente trocada a senha de acesso para que novos ataques cibernéticos não sejam realizados", informou a casa legislativa, que pretende fazer uma "investigação interna" sobre o caso e fazer uma "melhoria contínua nos nossos processos de segurança para evitar que novos episódios como esse voltem a ocorrer".
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