O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, citou o bloqueio da rede social X (ex-Twitter) no Brasil em 2024 como exemplo de censura em um pedido à Suprema Corte do país contra um possível bloqueio da rede social chinesa TikTok nos Estados Unidos.
Para Trump, a eventual suspensão do TikTok nos Estados Unidos configuraria censura governamental e um ataque à liberdade de expressão. Em abril do ano passado, o Congresso americano aprovou uma lei que obriga a companhia a vender a rede social até 19 de janeiro – se não o fizer, a plataforma será proibida no país. Trump tomará posse para seu segundo mandato no dia seguinte.
Em sua argumentação à Suprema Corte, o republicano avaliou que a suspensão do X no Brasil por ordem do ministro Alexandre de Moraes – o bloqueio durou mais de um mês, entre 31 de agosto a 8 de outubro – representou censura contra críticos do governo brasileiro.
Trump sugeriu que a aprovação da lei americana pode ter impactado na decisão de Moraes sobre o bloqueio da plataforma. “Talvez não por coincidência, logo após a aprovação da Lei outra grande democracia ocidental, o Brasil, fechou outra plataforma de mídia social inteira, o X (anteriormente conhecido como Twitter), por mais de um mês, aparentemente com base no desejo do governo de suprimir discursos políticos desfavorecidos”, declarou o republicano.
Trump cita de novo o Brasil ao apontar receio de autoridades governamentais com críticas
Para o presidente eleito, a lei americana contra o TikTok exerceria um "poder extraordinário” de encerrar uma plataforma com mais de 170 milhões de usuários no país, “baseado em grande parte nas preocupações do governo com discursos desfavorecidos na plataforma”.
Ao citar novamente o caso brasileiro, Trump mencionou as preocupações de autoridades brasileiras em relação a discursos desfavoráveis dentro da plataforma.
“A ação no Brasil foi supostamente vinculada às exigências de autoridades governamentais para que o X censurasse determinados indivíduos críticos ao governo”, declarou, ao citar que “em 31 de agosto, as tensões atingiram o ápice quando um juiz brasileiro bloqueou dramaticamente o X por não desativar as contas de dezenas de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro”, prosseguiu.
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