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O ex-governador de São Paulo, João Doria, enviou uma carta de "reconciliação" ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O intermediador foi o vice-presidente Geraldo Alckmin, que foi o responsável por lançar o empresário na política.
No texto, revelado pelo jornal O Globo neste domingo (3), Doria admitiu ter cometido “exageros e equívocos” tanto com Alckmin, com quem ele já se reconciliou, quanto com Lula. "Queria ter a chance de dizer que errei", escreveu o empresário.
João Doria tem adotado uma postura de distanciamento da vida partidária desde 2022, afirmando que não pretende retornar à política, embora tenha buscado reaproximação com figuras importantes do cenário político. Recentemente, ele afirmou que, embora “perdoe” o ex-presidente Lula, estaria satisfeito com seu afastamento definitivo da política.
“Hoje sou mais conciliador do que nunca”, declarou o ex-governador, referindo-se à imagem de “João trabalhador” que consolidou sua carreira política quando eleito prefeito de São Paulo, em 2016. Doria tem focado em seus projetos empresariais, mas demonstra interesse em manter diálogo com membros do governo e outros políticos de olho em possíveis alianças para o mundo dos negócios.
Em entrevista ao jornal O Globo, ele reforçou sua saída definitiva da política. “Pode registrar. Não tenho ressentimentos, mágoa ou raiva. Para a política, eu não volto mais”, afirmou. Além disso, Doria já reconciliou antigas divergências com Geraldo Alckmin em dezembro de 2023, e também com Rodrigo Garcia, seu ex-vice, e Bruno Araújo, ex-presidente do PSDB.
Em relação a falta de resposta de Lula à carta, Doria disse que isso não o preocupa. “Minha alma é conciliadora. Não tenho ressentimentos nem busco antagonismos. Se ele leu, ótimo. Minha alma está em paz, e espero que a dele também.”, conclui.