Deputada diz que liberdade de Bolsonaro representa uma suposta ameaça à democracia.| Foto: Vinícius Loures/Câmara dos Deputados
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A deputada federal Duda Salabert (PDT-MG) acionou a Procuradoria-Geral da República (PGR) neste domingo (16) pedindo a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por declarações dadas durante manifestação realizada no Rio de Janeiro.

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Segundo a parlamentar, Bolsonaro teria afrontado a ordem democrática e a segurança institucional do país ao questionar a derrota na última eleição presidencial, em “tom conspiratório” e incitando dúvidas sobre o processo eleitoral.

“Em seu discurso, Bolsonaro põe à prova mais uma vez o processo eleitoral brasileiro, um pilar do nosso estado democrático. Sua atitude demonstra que sua estratégia criminosa ainda está em andamento e não muda na sua tentativa de tomar o poder pela via autoritária”, disse a deputada em entrevista ao jornal O Globo.

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A Gazeta do Povo entrou em contato com a PGR para confirmar o recebimento da denúncia e aguarda retorno.

Duda Salabert ainda argumenta que a permanência de Bolsonaro em liberdade representaria uma grave ameaça.

“Bolsonaro continua praticando crimes, tumultuado as investigações e incentivou em sua fala de hoje (domingo, 16) ataques à democracia brasileira”, afirmou nas redes sociais.

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Ela também solicitou que a PGR proíba o ex-presidente de utilizar redes sociais e de participar de eventos que possam servir como plataforma para “novas incitações antidemocráticas”.

A deputada emendou se colocando contra o projeto de lei que pretende conceder anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023 e dizendo que “Bolsonaro e sua quadrilha: o lugar de vocês é na cadeia”.

Milhares de pessoas se reuniram no Rio de Janeiro neste final de semana em apoio a Bolsonaro e reforçando o pedido pela anistia.

“Já temos votos suficientes para aprovar na Câmara. Nós seremos vitoriosos. Nós veremos aparecer a Justiça. Se não é para aquele outro Poder, que existe para isso, pelo Poder Legislativo. Até se o Lula vetar, nós derrubaremos o veto”, afirmou.