Ao comentar sobre a ida do ex-colega, Ricardo Lewandowski, para o Ministério da Justiça, o ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio, disse que o Brasil está “desarrumado”.
“O caminho deve ser inverso – do Ministério da Justiça para o Supremo. Um ministro aposentado ser auxiliar do presidente da República, demissível a qualquer momento? Isso não passa pela minha cabeça. Mas, paciência, é o Brasil ‘desarrumado'”, disse Marco Aurélio ao Poder360, nesta quinta-feira (11).
O anúncio do novo ministro da Justiça e Segurança Pública foi feito na manhã da quinta-feira (11) pelo presidente Lula (PL) ao lado do atual ministro da pasta, Flávio Dino, do seu sucessor, Ricardo Lewandowski, e da primeira-dama, Janja.
Dino está de saída da pasta para ocupar uma cadeira no STF. Já Lewandowski – cujo nome vinha sendo cotado para a pasta de Justiça desde a indicação de Dino para o Supremo – tem um longo histórico de decisões favoráveis a Lula enquanto atuou na Corte.
De acordo com Lula, Lewandowski assumirá a pasta no dia 1º de fevereiro. Dino assumirá a vaga no STF no dia 22 do mesmo mês. Lewandowski também foi indicado para o Supremo por Lula durante o primeiro mandato do petista, em 2006.
Logo após o anúncio de Lula, parlamentares da oposição criticaram a “parceria política” entre o governo petista e o STF. Já aliados do petista comemoraram a escolha do novo ministro.
O atual titular da pasta, o ministro Flávio Dino, disse que está “feliz em ser sucedido por Lewandowski”.
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Quem são os indiciados pela Polícia Federal por tentativa de golpe de Estado
Bolsonaro indiciado, a Operação Contragolpe e o debate da anistia; ouça o podcast
Seis problemas jurídicos da operação “Contragolpe”
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF