O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, nesta quarta-feira (21), que não tem do que se arrepender sobre a reunião com os embaixadores no ano passado. A partir desta quinta (22), o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai começar a julgar o ex-mandatário por questionar o sistema eleitoral durante essa reunião. A declaração foi feita por Bolsonaro em entrevista ao programa “CNN Arena”, da CNN Brasil.
O ex-presidente se comparou aos opositores do ditador da Nicarágua, Daniel Ortega. Ele insinuou que poderia estar sendo perseguido. “Hoje em dia, é quase uma unanimidade que vou perder a ação. Essa é uma verdade”, disse.
"Eu não tenho que me arrepender. Eu não fiz, no meu entender, nada de errado. Eu sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição", disse Bolsonaro. “Eu não sei porque criar uma tempestade em copo d’água. Apenas foi conversado com eles [embaixadores] sobre como funcionava o sistema eleitoral. Não falei a palavra ‘fraude’ ali, no tocante a futuras eleições”, afirmou.
Bolsonaro criticou o fato de partes da ação contra ele estarem em sigilo. “Eu estou sendo cerceado do meu legítimo direito de defesa por não poder comungar com vocês, da imprensa, as razões de defesa de cada item que eu estou sendo acusado, em especial, da reunião com os embaixadores”, afirmou.
O ex-presidente voltou a citar o julgamento da chapa Dilma-Temer como exemplo para o seu próprio processo. Em 2017, o TSE proibiu a inclusão de novos elementos no processo da chapa durante o julgamento. Com isso, Michel Temer (MDB) pode se manter na presidência após o impeachment de Dilma Rousseff (PT).
“Eu espero que tudo aconteceu no julgamento de 2017 se repita agora em 2023. Não permito que outras acusações componham essa ação judicial e julguem apenas pela inicial, que foi a reunião com embaixadores. E eu digo: a reunião com embaixadores é tão frágil quanto a 1ª acusação contra a chapa Dilma-Temer lá atrás… Essa ação não tem materialidade nenhuma. O que eu espero do Tribunal Superior Eleitoral, por parte dos sete integrantes, é que me julguem de acordo com o que aconteceu em 2017 e, assim sendo, não podemos ter outro resultado senão o arquivamento”, afirmou Bolsonaro.
Questionado sobre a hipótese de se tornar inelegível, Bolsonaro disse que não considera essa possibilidade para 2026. “Eu não considero essa possibilidade, simplesmente isso… Hoje em dia, quem representa a centro-direita no Brasil? Sou eu. Tem outras lideranças surgindo? Tem, porque eu não tolhi o surgimento de outras lideranças, que estarão maduras daqui a uns anos. Acho que para 26 está um pouco cedo para outras lideranças surgirem. Agora, repito: não tire do povo o direito de optar entre a esquerda e a extrema-esquerda que está aí e a centro-direita, que sou eu”, afirmou.
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