Durante sua participação na Conferência Anual de Ação Política Conservadora (CPAC, na sigla em inglês), maior evento conservador do mundo, no começo desta tarde (4), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou o governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) e o Judiciário por perseguições ao governo de seu pai, Jair Bolsonaro, e simpatizantes. Ele também apontou conexões da vitória do petista em 2022 à ascensão de governos esquerdistas na América Latina nos últimos anos, com a promoção de agendas comuns contra os conservadores.
No último dia da CPAC, evento realizado nos arredores de Washington, no qual estão sendo esperada palestras do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro (PL) e do ex-presidente americano Donald Trump, o deputado destacou o fato de o Brasil ser "muito importante quando se fala em geopolítica", com produção estratégica de alimentos, energia e recursos minerais. Por isso, alertou para a importância dos Estados Unidos acompanharem o que acontece no país e região em função da administração de Lula.
Neste sentido, ele reclamou da recente "recepção calorosa" dada pelo presidente americano Joe Biden a Lula e a autorização pelo governo brasileiro para que navios iranianos de guerra aportassem no Rio de Janeiro, a despeito do pedido da Casas Branca para que fosse negado e da recusa de outros países, como o Uruguai. Ele também reforçou as relações históricas e positivas do Brasil com os Estados Unidos: "temos de ser aliados, a exemplo da Segunda Guerra", em favor da segurança americana.
Ainda na sua exposição, o deputado chamou Lula de "um dos mais perigosos líderes comunistas, bolivarianos, socialistas do mundo, seja lá como o possa chamar". "Não é coincidência a repetição de absurdos em outros governos na América Latina. Há uma conexão de agendas, como na questão de aborto e gênero", acrescetou. Eduardo Bolsonaro deplorou o esforço do governo Lula para apagar as realizações do seu antecessor, como crescimento econômico, geração de empregos e redução dos preços dos combustíveis.
Por fim, ele comentou superficialmente sobre a lisura das eleições no Brasil, ao ser questionado sobre a derrota de Bolsonaro, mas fez questão de frisar a realidade atual de mais de 700 prisões políticas de críticos em Brasília e uma crescente censura que alcança até parlamentares, que tiveram as suas redes sociais bloqueadas. "Dois jornalistas brasileiros nos Estados Unidos tiveram seus passaportes cancelados pela Suprema Corte. Isso diz respeito a liberdade, livre expressão e a importância da mídia livre para expor uma realidade que pode chegar amanhã aos EUA".
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião