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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) afirmou durante discurso em uma manifestação do movimento pró-armas, neste domingo (9), que os “professores doutrinadores” são piores do que traficantes de drogas, pois eles causam discórdia e destruição nas famílias.
“Se tivermos uma geração de pais que prestem atenção na criação dos filhos, tirem um tempo para ver o que eles aprendem nas escolas, não vai ter espaço para professor doutrinador querer sequestrar as nossas crianças. Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar nossos filhos para o mundo do crime”, disse.
“Talvez até o professor doutrinador seja ainda pior, porque ele vai causar discórdia dentro da sua casa, enxergando opressão em todo tipo de relação. Ele vai falar que o pai oprime a mãe, a mãe oprime o filho e que a instituição chamada família tem que ser destruída”, continuou.
No IV Encontro Pró-armas pela Liberdade, o deputado enfatizou também o direito à legitima defesa e questionou as prisões feitas nos atos de 8 de janeiro. No discurso, o deputado destacou a situação da Venezuela após o desarmamento promovido pelo governo chavista.
“A gente conhece a história. Em 2012 e 2013 fizeram o desarmamento lá [na Venezuela]. Em 2016, Caracas [capital da Venezuela] se tornou a capital do mundo com o maior número de homicídios, proporcionalmente. [...] O Brasil vai voltar a caminhar nesse sentido. Infelizmente vai rolar muita vida de inocentes, porque os caras aqui do Ministério da Justiça não querem dar o acesso à legitima defesa a todos nós”, disse o deputado ao se referir aos decretos assinados em 1º de janeiro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), junto do ministro da Justiça Flávio Dino, que alteraram as normas sobre armas e munições no país.
O deputado lembrou ainda os decretos emitidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que “realmente davam o direito à legitima defesa”, mas que tiveram vários trechos suspensos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) ainda durante o governo de Bolsonaro e acabaram sendo revogados ou alterados nos primeiros dias do governo Lula.
Eduardo Bolsonaro fala em covardia e questiona prisões feitas em 8 de janeiro
Na manifestação, Eduardo Bolsonaro mencionou os atos de 8 de janeiro e questionou as prisões feitas, classificando-as como uma covardia.
“Vocês estão vendo toda a covardia que fazem. Não só com o meu pai, com esses processos de indenização. As pessoas que foram presas [em 8 de janeiro]... Alguém já viu aqui 1500 pessoas sendo presas num só dia numa operação de combate ao tráfico de drogas? E se ocorresse, quem vocês acham que ia direto, nem na porta da cadeia, mas da delegacia para acompanhar o flagrante? Luiz Eduardo Greenhalgh, pai do estatuto do desarmamento em 2003”, disse o deputado.
O deputado Eduardo Bolsonaro disse ainda que estava ali para levar uma mensagem de esperança. “As manifestações estão retornando. As pessoas têm vontade de ir para as ruas, mas também tem receio, pode ter certeza. Porque é isso que é uma ditadura objetiva. Punir os outros de maneira, quanto possível, mais arbitrária, para justamente desencorajar aqueles que querem fazer o certo, que querem lutar pela democracia”, avaliou.