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Perseguição judicial

Eduardo Bolsonaro diz que protesto de 7/9 será a “indignação de corajosos”

Eduardo Bolsonaro
Deputado diz que protesto tomará as ruas de São Paulo contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF. (Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados)

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O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL/SP) afirmou que o protesto que vem sendo mobilizado pelos apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para o dia 7 de setembro será um ato de “indignação de corajosos”.

A manifestação vem sendo convocada por políticos da oposição e pede, ainda, o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Revelações feitas na semana passada pela Folha de S. Paulo mostram que ele teria pedido relatórios de investigados na Corte ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) fora dos ritos processuais.

“Dia 7 de setembro veremos nas ruas de São Paulo o tamanho da indignação dos corajosos que não se intimidam nem com os jagunços da Gestapo Federal alexandrina”, postou Eduardo Bolsonaro nesta segunda (19) nas redes sociais (veja na íntegra).

Na mesma postagem, o deputado postou uma imagem com um trecho de uma reportagem sobre o suposto descontentamento do gabinete do ministo com a dificuldade de se conseguir chegar ao jornalista Allan dos Santos nos Estados Unidos através da Interpol.

Entenda o caso

Trocas de mensagens entre servidores do STF e do TSE, obtidas pela Folha de S. Paulo, mostraram que o gabinete de Alexandre de Moraes teria ordenado informalmente à Justiça Eleitoral a produção de relatórios contra apoiadores de Bolsonaro e comentaristas de direita para embasar decisões do ministro em inquéritos em andamento na Corte.

A troca de mensagens sugere que houve supostamente adulteração de documentos, prática de pesca probatória, abuso de autoridade e possíveis fraudes de provas. Os alvos escolhidos sofreram bloqueios de redes sociais, apreensão de passaportes, intimações para depoimento à PF, entre outras medidas.

Todos os pedidos para investigação e produção de relatórios eram feitos via WhatsApp, sem registros formais. As conversas vazadas envolveram Airton Vieira, juiz instrutor do gabinete de Moraes no STF, Marco Antônio Vargas, juiz auxiliar de Moraes durante sua presidência no TSE, e Eduardo Tagliaferro, então chefe da AEED (Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação), órgão que era subordinado a Moraes na corte eleitoral.

As mensagens e áudios ocorreram entre agosto de 2022 e maio de 2023 e mostram perseguição aos jornalistas Rodrigo Constantino e Paulo Figueiredo, à Revista Oeste, ao deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), entre outros nomes de direita.

Em nota enviada à Gazeta do Povo, o gabinete do ministro Alexandre de Moraes negou qualquer irregularidade nas requisições dos relatórios. Moraes argumenta que o TSE, "no exercício do poder de polícia, tem competência para a realização de relatórios sobre atividades ilícitas".

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