O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) vê que a vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos poderá influenciar nas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, principalmente em relação ao pai, Jair Bolsonaro (PL).
O parlamentar está nos Estados Unidos ao longo da semana e acompanhou a apuração dos votos na última terça (5) na casa de Trump em Mar-a-Lago, na Flórida.
“Certamente a Suprema Corte ficará menos confortável para fazer perseguições”, disse em entrevista à Folha de S. Paulo publicada neste sábado (9). Para ele, a vitória de Trump causará um impacto “no poder que terá agora os Estados Unidos contra os abusos de autoridades patrocinados por um ministro do STF [referindo-se a Alexandre de Moraes, mas sem mencioná-lo]”.
Segundo ele, a vitória de Trump ainda reforça um projeto de lei que visa impedir a entrada nos Estados Unidos de autoridades que violem a liberdade de expressão de cidadãos americanos, algo que poderia afetar diretamente Moraes. Eduardo afirma que o magistrado violou a Constituição americana ao suspender a rede social X, no final de agosto, e bloquear perfis de usuários.
“Isso se enquadra perfeitamente no recente caso do X, em que houve uma briga entre o Elon Musk e certas instituições brasileiras”, pontuou.
O deputado diz ver também semelhanças nas trajetórias de Trump e Bolsonaro, apontando que ambos venceram eleições improváveis e enfrentaram processos judiciais que os impediram de buscar a reeleição.
“Trump retornou. Ele foi perseguido, indiciado, atolaram um monte de processo nele, ameaçaram de prisão. É a mesma história que acontece com o Bolsonaro. Se o Trump voltou aqui [nos Estados Unidos], então tem a chance de Bolsonaro voltar lá [no Brasil]”, pontuou.
Eduardo ainda defendeu que Bolsonaro é “o plano A, B e C” para a próxima eleição presidencial, descartando qualquer outro nome da direita como alternativa viável. Para ele, a condenação do pai foi desproporcional, comparando com os crimes atribuídos a Lula no passado.
“Impossível foi tirar o Lula da cadeia, limpar ele, tornar ele elegível. Isso, sim, que foi impossível”, disparou.
Ele ainda questionou os motivos que levaram à inelegibilidade do pai. “Porque ele se encontrou com embaixadores? Porque subiu num carro de som e discursou, um carro de som que foi pago pelo [pastor] Silas Malafaia, e aí foi condenado por abuso de poder político? Lula foi condenado por lavagem de dinheiro, por corrupção. Então, sim, eu acredito que dá para reverter [a inelegibilidade]”, emendou
Milei x Lula: G20 promete confronto de visões que testará pragmatismo entre Brasil e Argentina
Efeito Milei: como as maiores empresas argentinas cresceram 130% no último ano
Ministro de Lula endossa xingamento de Janja a Musk: “Estava preso nas nossas gargantas”
A tática do PCC para evitar vazamento de informação no mundo do crime
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião