A Assembleia Legislativa de Alagoas vai eleger neste domingo (15), a partir das 13h, os novos governador e vice-governador do estado para um mandato-tampão até o fim do ano. Sete chapas se inscreveram para a disputa, mas uma tem maiores chances de vitória: a do deputado estadual Paulo Dantas e do médico José Wanderley Neto (vice), ambos do MDB, cujo diretório em Alagoas é comandado pelo senador Renan Calheiros.
Dantas conta com o apoio da bancada do partido no legislativo estadual, composta por 15 dos 27 deputados – 11 dos quais se filiaram ao MDB na janela partidária deste ano. Sua vitória nesta eleição indireta é vista como estratégica para dar tração à sua candidatura ao governo do estado nas eleições de 2 de outubro, já que poderá usar a máquina pública para promover seu nome e se tornar mais conhecido. Um levantamento do Paraná Pesquisas, de 3 de maio, indica que Dantas está em terceiro lugar na corrida pelo governo de Alagoas, com 17% das intenções de voto, atrás de Rodrigo Cunha (União Brasil, 28,6%) e Rui Palmeira (PSD, 22,9%).
Quem rivaliza com Dantas na eleição indireta é o deputado Davi Maia (União Brasil), que não vai se candidatar para o pleito em outubro. No Alagoas, o União Brasil é ligado ao PP, partido do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e ao PSDB.
Prevendo uma vitória de Dantas na eleição deste domingo (15), o grupo de oposição ao MDB, por iniciativa do PSB, contestou as regras do pleito no Supremo Tribunal Federal (STF). A votação chegou a ser adiada, mas após decisão do ministro Gilmar Mendes, uma nova data foi determinada e novas regras foram aplicadas ao edital de convocação. A votação será aberta e nominal e os vencedores – que obtiverem a maioria simples dos votos (uma das contestações do PSB) – tomam posse de imediato.
O resultado, porém, ainda pode ser contestado, porque o STF não terminou de julgar o caso. Nesta sexta-feira (13), o ministro Nunes Marques pediu mais tempo para analisar o processo. Já haviam votado a favor da decisão de Gilmar Mendes os ministros Edson Fachin, Dias Toffoli, Alexandre de Moraes e Ricardo Lewandowski.
Também concorrem ao cargo de governador Luciano Valdomiro Silva Fontes, Luiz Alberto Alves Teixeira, Flávio Henrique Catão Nogueira, Wadeildo José Gomes Vasconcelos Bezerra e Danubia Karlla da Silva Barbosa.
Por que Alagoas terá uma eleição indireta?
Alagoas é o único estado que terá duas eleições para governador neste ano. O pleito deste domingo ocorre porque o governador Renan Filho (MDB) deixou o cargo para disputar uma vaga no Senado nas eleições de outubro, como determina a legislação eleitoral. O vice eleito com Renan, Luciano Barbosa (MDB), também não pôde assumir porque já havia renunciado ao governo em 2020, quando foi eleito prefeito de Arapiraca.
O terceiro na linha de sucessão seria o presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Victor (MDB), mas ele também abriu mão do cargo de governador para se concentrar em sua campanha de reeleição. Quem assumiu o comando do estado desde a saída de Renan Filho, em abril, até agora foi o desembargador Klever Loureiro, presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas.
Metodologia da pesquisa citada
O Paraná Pesquisas entrevistou pessoalmente 1.510 eleitores em 33 municípios do estado de Alagoas entre os dias 27 de abril e 2 de maio de 2022. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais e o nível de confiança atinge 95%. O levantamento está registrado no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo AL-02627/2022. Confira os resultados completos aqui.
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