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Eleições 2022

Programas como o Bolsa Família e o auxílio emergencial podem ser decisivos em 2022?

Aplicativo da Caixa para movimentar o auxílio emergencial
Aplicativo da Caixa para movimentar o auxílio emergencial (Foto: MArcello Casal Jr/Agência Bras)

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A Gazeta do Povo lançou o e-book Dossiê 2022, para que os nossos leitores tenham à mão todas as informações necessárias para acompanhar o xadrez político das próximas eleições presidenciais. A partir de perguntas formuladas por jornalistas, especialistas das mais diversas áreas dizem quais são fatores que vão influenciar o voto do brasileiro e como eles acreditam que serão as eleições. Este conteúdo é uma parte do e-book, que você pode baixar gratuitamente, na íntegra, ao fim do texto.

Ampliações de programas sociais, como o Bolsa Família, e a extensão de auxílios para enfrentar a pandemia podem ser decisivos para a campanha eleitoral? 

FERNANDO JASPER, editor de Economia da Gazeta do Povo. Cobriu áreas como indústria automotiva, setor elétrico, macroeconomia e Previdência Social. Conquistou o prêmio Longevidade de Jornalismo Bradesco Seguros (2014) e foi finalista dos prêmios Imprensa Embratel (2007), CNH Industrial (2014) e Sistema Fiep (2014 e 2016). 

Uma ampliação do Bolsa Família, em especial no número de famílias beneficiadas, tende a ter mais impacto na campanha eleitoral do que transferências de renda temporárias, como o auxílio emergencial. Mas o efeito dependeria do tamanho dessa expansão. Apenas incluir no programa as famílias que estão na fila de espera pelo benefício faria pouco pela imagem do presidente. Uma ampliação mais consistente poderia de fato ampliar seu eleitorado, principalmente nos estratos que não votaram nele em 2018.

Enquanto isso, o impacto de pagamentos temporários, por mais forte que seja, parece restrito ao curto prazo – a avaliação do presidente melhorou muito com o auxílio emergencial, mas caiu logo que o pagamento foi encerrado. Assim, só deve influenciar a eleição caso cheguemos em meados de 2022 com a economia ainda dependente do auxílio. A questão é que por ora não se vê espaço fiscal nem disposição para reeditar um benefício tão massivo como foi o auxílio emergencial de 2020.

HELIO BELTRÃO, graduado em finanças com MBA pela Universidade de Columbia, em Nova Iorque. Foi executivo do Banco Garantia, Mídia Investimentos e da Sextante Investimentos. É fundador e foi membro do conselho consultivo do Instituto Millenium e fundador-presidente do Instituto Mises Brasil. 

Infelizmente acho que serão. Mas vejo recorrente no Brasil outro problema em relação às eleições. As pessoas valorizam por demais os cargos majoritários e não dão muita atenção às eleições legislativas. No Brasil ainda predomina a visão de que o presidente eleito tende a ser um salvador da pátria. Isso não existe. O Brasil vai se desenvolver mais quando a maioria no Congresso for liberal.

PAULO LOIOLA, administrador, sócio-fundador da Baselab, mestre em políticas públicas pela FGV, com MBA em Responsabilidade Social e Terceiro Setor pela UFRJ e em Gestão Energética pela FGV. Tem passagens pela Petrobras, onde atuou na área de Responsabilidade Social e Planejamento Estratégico. Também tem passagens pelas prefeituras de São Paulo e Rio de Janeiro, tornando-se sócio da consultoria em Gestão Pública Humana Sustentável.

Sem nenhuma dúvida, já temos elementos suficientes para notar que os programas sociais interferem diretamente sobre a avaliação do governo, logo, com influência direta sobre a campanha. Porém, como foi percebido em 2016, esse auxílio pode não ser suficiente para manter um governo e sua boa avaliação. A decisão do voto é feita levando-se em consideração o contexto, situação econômica, conjunto de políticas, promessas e imagem projetada, assim como a noção do risco em perder ou de continuar com o benefício. Portanto, analisando diferentes autores e diferentes métodos podemos dizer que há influência, porém, limitada.

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