Um levantamento feito pelo Instituto Paraná Pesquisas para a revista Veja mostra que, se as eleições de 2022 fossem hoje, o presidente Jair Bolsonaro seria reeleito em todos os cenários. No levantamento, que tem margem de erro de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, Bolsonaro aparece na liderança no primeiro turno, com algo entre 27,5% e 30,7% dos votos, dependendo do cenário. No segundo turno, o presidente oscila entre 44,7% e 51,7% dos votos, a depender do oponente.
A pesquisa foi realizada entre os dias 18 e 21 de julho. Em todos os cenários, os valores foram arredondados e, por isso, a soma não resulta exatamente em 100%.
Para o primeiro turno, foram considerados três cenários, variando os oponentes do presidente. No cenário 1, Bolsonaro aparece com 29% das intenções de voto, contra 17,1% do ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro; 13,4% de Fernando Haddad (PT); e 9,9% de Ciro Gomes (PDT). Nesse caso, 10% dos eleitores disseram que não escolheriam nenhum dos concorrentes, enquanto 4,9% responderam não saber em quem votariam.
Cenário 1
- Jair Bolsonaro (sem partido) – 29%
- Sergio Moro (sem partido) – 17,1%
- Fernando Haddad (PT) – 13,4%
- Nenhum – 10%
- Ciro Gomes (PDT) – 9,9%
- Luciano Huck (sem partido) – 6,5%
- Não sabem – 4,9%
- João Doria (PSDB) – 4%
- João Amoêdo (Novo) – 3,4%
- Guilherme Boulos (PSOL) – 1%
- Wilson Witzel (PSC) – 0,7%
No cenário 2, Bolsonaro tem margem bem menor na liderança, com 27,5% das intenções de voto. Em segundo lugar, aparece o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 21,9%, seguido por Sergio Moro (16,8%) e Ciro Gomes (8,3%). Nessa configuração, 9,5% disseram que não escolheriam nenhum dos candidatos, e 4,6% que não sabiam em quem votariam.
Cenário 2
- Jair Bolsonaro (sem partido) – 27,5%
- Lula (PT) – 21,9%
- Sergio Moro (sem partido) – 16,8%
- Nenhum – 9,5%
- Ciro Gomes (PDT) – 8,3%
- Não sabem – 4,6%
- João Doria (PSDB) – 3,8%
- João Amoêdo (Novo) – 3,4%
- Marina Silva (Rede) – 2,5%
- Wilson Witzel (PSC) – 0,9%
- Guilherme Boulos (PSOL) – 0,7%
No cenário 3, por fim, Bolsonaro aparece com o maior percentual de intenções de voto, 30,7%. Essa configuração exclui o ex-ministro Sergio Moro da disputa, e considera Fernando Haddad como o candidato do PT. O ex-prefeito de São Paulo, nesse caso, aparece em segundo lugar, com 14,5% das intenções de voto. Ciro Gomes fica em terceiro lugar, com 10,7%, seguido por Luciano Huck (8,3%). Nesse cenário aparece o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, com 5,7% das intenções de voto. Já 12,8% disseram que não escolheriam nenhum dos candidatos, enquanto 6,1% afirmaram não saber em quem votariam.
Cenário 3
- Jair Bolsonaro (sem partido) – 30,7%
- Fernando Haddad (PT) – 14,5%
- Nenhum – 12,8%
- Ciro Gomes (PDT) – 10,7%
- Luciano Huck (sem partido) – 8,3%
- Não sabem – 6,1%
- Mandetta (DEM) – 5,7%
- João Doria (PSDB) – 4,6%
- João Amoêdo (Novo) – 4%
- Flávio Dino (PCdoB) – 1,6%
- Wilson Witzel (PSC) – 0,9%
No segundo turno, cenário mais acirrado seria entre Bolsonaro e Lula ou Sergio Moro
O Paraná Pesquisas considerou, ainda, seis cenários de segundo turno. Em todos eles, o presidente Jair Bolsonaro aparece na liderança – mas a quantidade de intenções de voto oscila dependendo do oponente.
Cenário 1
- Jair Bolsonaro (sem partido) – 46,6%
- Fernando Haddad (PT) – 32%
- Nenhum – 16,8%
- Não sabem – 4,6%
Cenário 2
- Jair Bolsonaro (sem partido) – 44,7%
- Sergio Moro (sem partido) – 35%
- Nenhum – 14,6%
- Não sabem – 5,6%
Cenário 3
- Jair Bolsonaro (sem partido) – 45,6%
- Lula (PT) – 36,4%
- Nenhum – 13,7%
- Não sabem – 4,3%
Cenário 4
- Jair Bolsonaro (sem partido) – 48,1%
- Ciro Gomes (PDT) – 31,1%
- Nenhum – 16,2%
- Não sabem – 4,7%
Cenário 5
- Jair Bolsonaro (sem partido) – 51,7%
- João Doria (PSDB) – 23%
- Nenhum – 19,7%
- Não sabem – 5,7%
Cenário 6
- Jair Bolsonaro (sem partido) – 50,8%
- Luciano Huck (sem partido) – 27,6%
- Nenhum – 16,2%
- Não sabem – 5,4%
Eleitores se dividem na avaliação do governo e do presidente
Apesar de aparecer na liderança para as eleições 2022, Bolsonaro tem reprovação alta na mesma pesquisa. Segundo o levantamento, 48,1% dos brasileiros desaprovam a gestão do presidente. Outros 38% consideram que a administração dele é ruim ou péssima.
Mesmo que seja alta, a desaprovação de Bolsonaro diminuiu em julho, se comparada a um levantamento semelhante feito pelo Paraná Pesquisas em abril. Na primeira sondagem, 39,4% classificavam o trabalho de Bolsonaro como ruim ou péssimo – oscilação dentro da margem de erro, portanto –, enquanto 51,7% desaprovavam sua gestão.
A aprovação do presidente, por sua vez, passou de 44% em abril para 47,1% em julho. Consideraram o governo ótimo ou bom 31,8% em abril, contra 34,3% em julho.
Nos cenários de intenção de voto para o primeiro turno das eleições de 2022, o percentual de eleitores que votariam no presidente cresceu entre abril e julho em todos os cenários.
Metodologia
No primeiro levantamento, o Paraná Pesquisas ouviu 2.006 eleitores em 182 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal entre os dias 27 e 29 de abril de 2020. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
No segundo levantamento, o Paraná Pesquisas entrevistou 2.030 eleitores em 188 municípios dos 26 estados e do Distrito Federal, entre os dias 18 e 21 de julho de 2020. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
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