Discurso de Lula acompanha o tom de discursos de outras autoridades, que pediram “máximo rigor da lei” contra participantes dos protestos| Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (8), em evento promovido pelo governo em memória dos atos de 8 de janeiro do ano passado, que “não há perdão para quem atenta contra a democracia”. A fala do petista acompanha o tom de discursos das autoridades que falaram antes, com pedidos de "máximo rigor da lei" contra participantes dos protestos.

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Lula afirmou que “se a tentativa de golpe fosse bem sucedida”, muito mais do que objetos teriam sido destruídos, a “vontade soberana do povo brasileiro expressa nas urnas teria sido roubada e a democracia teria sido destruída”.

“Nosso país estaria novamente isolado do mundo, e a Amazônia em pouco tempo reduzida a cinzas para a boiada e o garimpo ilegal passarem. Adversários políticos e autoridades constituídas poderiam ser fuzilados ou enforcados em praça pública, a julgar por aquilo que o ex-presidente golpista pregou em campanha e seus seguidores tramaram nas redes sociais”, disse Lula.

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Para o presidente, todos os envolvidos nos atos de vandalismo devem ser punidos, pois o perdão representaria um salvo-conduto para novos atos contra a democracia. “Todos aqueles que planejaram e executaram a tentativa de golpe devem ser exemplarmente punidos. Não há perdão para quem atenta contra a democracia, contra seu país e seu próprio povo. O perdão soaria como impunidade e a impunidade como salvo-conduto para novos atos terroristas no país. Salvamos a democracia”, disse o presidente.

Lula segue Moraes e aproveita ato para defender regulação das redes sociais

Lula, assim como o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Alexandre de Moraes, defendeu a regulação das redes sociais para "proteger a democracia". “Nossa democracia estará sob constante ameaça enquanto não formos firmes na regulação das redes sociais”, disse o mandatário.

Além disso, Lula criticou políticos que questionam a segurança da urna eletrônica. Sem citar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nominalmente, o petista disse que “as pessoas que duvidam das eleições e da legalidade da urna brasileira, porque perderam as eleições, por que não pedem para seu partido renunciar com todos os deputados e senadores que foram eleitos? Os três filhos dele foram eleitos, por que não renunciam em protesto a urna fraudulenta?”, questionou.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]