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2º Encontro do Grupo Liberdade e Democracia

Em Buenos Aires, presidenciáveis de direita debatem populismo na América Latina e pregam união

Maurício Macri e Tereza Cristina durante evento na Argentina. Reprodução/Instagram/Tereza Cristina (Foto: )

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Políticos brasileiros de direita, incluindo presidenciáveis, participaram em Buenos Aires na última sexta-feira (22) e no sábado (23) de evento internacional para debater perspectivas para a América Latina diante de retrocessos impostos por atuais governos. Os senadores Sergio Moro (União Brasil-PR), Tereza Cristina (PL-MS) e Eduardo Girão (Novo-CE) e o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), denunciaram a escalada autoritária no país desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e defenderam a aliança das forças conservadoras na região para lutar contra o populismo de esquerda.

Em sua palestra no 2º Encontro do Grupo Liberdade e Democracia, realizado no Congresso da Argentina e no qual estiveram mais de 200 líderes de diferentes países, entre os quais ex-presidentes e ex-ministros, o senador Moro destacou a gravidade do momento político no Brasil, no qual Lula se aproxima de autocratas como Nicolas Maduro (Venezuela) e Vladimir Putin (Rússia). “Falar de liberdade e democracia é essencial, sobretudo quando vivemos sob a sombra de um governo com inclinações ao populismo autoritário, que tem virado as costas para democracia. Temos de nos apoiar mutuamente para enfrentar esses desafios”, disse.

No segundo dia do encontro organizado pela Fundacíon Libertad, do qual participaram os ex-presidentes Mauricio Macri (Argentina) e Sebastian Piñera (Chile), a senadora Tereza Cristina apontou riscos para a conjuntura econômica do Brasil e os avanços obtidos no governo do presidente Jair Bolsonaro (2019-2022). Ela também apresentou a Agenda Central do PP, com 11 “princípios inegociáveis” a serem seguidos pelos parlamentares do seu partido, incluindo a posição contrária à descriminalização das drogas e do aborto. Um dos temas que dominaram os debates foi a expansão do narcotráfico internacional e a sua infiltração nos aparelhos de Estado. “O Brasil precisa estar mais atento a essa grave ameaça”, disse ela.

Girão promete seguir o périplo internacional de denúncias

O senador Eduardo Girão elencou uma série de arbitrariedades no Brasil, incluindo ameaças à liberdade de expressão e à própria democracia. Ele informou que a comitiva brasileira reforçou as denúncias de agressões a direitos humanos no país, a exemplo do cerceamento da defesa dos presos no 8 de janeiro, levada pessoalmente por ele e outros parlamentares à Organização das Nações Unidas (ONU) em julho. Ele avisa que sua cruzada de denúncias no plano internacional continuará em outubo, desta vez em Portugal. “Que a verdade, a Justiça e o bom senso prevaleçam”, disse.

Ainda na sexta-feira, o governador Ronaldo Caiado destacou a importância do diálogo e da discussão conjunta de medidas para fortalecer as democracias locais. “Democracia e liberdade são faces da mesma moeda, mas são frágeis e podem ser utilizadas pelo populismo, que escravizam a estrutura do regime democrático”, disse. Ele defendeu que ações em segurança contribuem para a atuação do Estado Democrático de Direito e para o controle do narcotráfico, um dos principais problemas da América Latina hoje.

Maurício Macri, ex-presidente da Argentina e anfitrião, reforçou a importância do evento para que as lideranças possam alinhar objetivos. “Toda a sociedade civil e todo o mundo empresarial têm de participar deste debate, para valorizar o empreendedorismo e o desenvolvimento pessoal, agindo em conjunto sem estar sujeito a este tipo de autocracias e a ideias destrutivas”, disse. Também estavam presentes os ex-presidentes Iván Duque (Colômbia), Felipe Calderón (México) e Jorge Quiroga (Bolívia).

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