Em carta enviada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, agradeceu a amizade do ex-mandatário e criticou as “acusações ultrajantes” proferidas pelo presidente Lula (PT) contra o governo israelense. A carta foi obtida pelo jornal Metrópoles e divulgada nesta segunda-feira (11).
Apesar de não mencionar o nome de Lula, Netanyahu diz que o discurso de Bolsonaro durante o ato do dia 25 de fevereiro foi uma “rejeição clara e moralmente sólida das acusações ultrajantes do seu sucessor contra as operações das FDI em Gaza”.
Nesse trecho do documento, o primeiro-ministro faz referência às declarações em que Lula tem acusado Israel de “genocídio” contra o povo palestino, além de ter comparado a reação de Israel aos ataques do Hamas com o holocausto, política de extermínio de judeus implementada por Adolf Hitler, na Alemanha.
De acordo com o Metrópoles, a carta foi enviada a Bolsonaro no dia 26 de fevereiro de 2024, um dia depois da mega manifestação na Avenida Paulista, em São Paulo.
Antes do ato na Paulista, apoiadores de Bolsonaro chegaram a sugerir que o embaixador de Israel, Daniel Zohar Zonshine, deveria ser convidado para o ato.
Em nota, a Embaixada de Israel no Brasil disse que preferia “ficar de fora do debate político interno” e negou a participação de Zonshine no evento.
Como noticiado pela Gazeta do Povo, no sábado (9), Bolsonaro disse que recebeu uma carta do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu o convidando para visitar Israel.
Bolsonaro precisará de autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para sair do país, já que teve o passaporte retido.
Ao contrário de Lula, que foi considerado pela diplomacia israelense como “persona non grata”, Bolsonaro mostrou-se alinhado com a posição de Israel, sempre condenando os ataques terroristas do Hamas.
Confira a íntegra da carta enviada por Netanyahu a Bolsonaro
Prezado senhor Bolsonaro,
Espero que esta carta o encontre bem. Gostaria de expressar o meu apreço pelo seu apoio contínuo e sincero ao Estado de Israel.
Ainda ontem, você demonstrou sua solidariedade ao povo e ao Estado de Israel, agitando orgulhosamente a bandeira israelense num comício em São Paulo.
Esta foi uma rejeição clara e moralmente sólida das acusações ultrajantes do seu sucessor contra as operações das FDI em Gaza.
Durante o seu mandato como Presidente do Brasil, as relações entre os nossos dois países atingiram novos patamares.
Tenho boas lembranças da minha viagem ao Brasil e gostei muito de conhecer vocês. A sua verdadeira amizade para com Israel foi firmemente expressa durante a sua presidência, tanto em palavras como em actos, incluindo no seu apoio inabalável a Israel nas arenas internacionais.
Sua amizade é ainda mais importante em tempos de crise e de guerra e, portanto, convido você e sua família a visitar Israel para demonstrar sua solidariedade ao povo de Israel.
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