O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, saiu em defesa do presidente Lula (PT) após o petista ter comparado a reação de Israel ao grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza ao Holocausto, política de extermínio de judeus implementada pelo ditador alemão Adolf Hitler. Para Lavrov, a “opinião” de Lula precisa ser respeitada.
"Não responderei por outros países. Respeitamos a opinião expressa pelo líder de qualquer país e partimos do fato de que cada um tem direito à sua reação. Não reagimos a esse discurso do presidente Lula, mas vemos como, independentemente de alguém não comparar esta situação com outra, ou não compará-la, vemos como milhares de pessoas inocentes estão sofrendo", afirmou Lavrov.
A declaração do chanceler russo foi dada nesta segunda-feira (19) direto de Cuba, onde Lavrov está em visita.
Na agenda do chanceler também estão visitas à Venezuela e ao Brasil, onde participará de uma reunião com ministro das Relações Exteriores dos países do G20. A expectativa é de que Lula se reúna com Lavrov na quinta-feira (20), em Brasília.
Lula tem sido alvo de críticas e de pedidos de impeachment desde o início da semana quando, em entrevista coletiva durante participação na Cúpula da União Africana, na Etiópia, deflagou uma crise diplomática ao comparar a luta contra o Hamas às mortes de judeus no Holocausto.
“O que está acontecendo na Faixa Gaza não existe em nenhum outro momento histórico, aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, afirmou o petista.
Na ocasião, Lula fazia críticas aos países ricos que suspenderam o financiamento à Agência das Nações Unidas para Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês). A UNRWA é acusada pelo governo de Israel de colaborar com o Hamas.
Em reação ao petista, o governo de Israel declarou Lula “persona non grata” e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que comparar Israel ao Holocausto nazista e a Hitler "é ultrapassar uma linha vermelha".
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