A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro afirmou neste domingo (24) que a esquerda no país “tenta legalizar o assassinato de crianças por meio de seu aparelhamento”, em clara referência ao avanço da liberação do aborto no Supremo Tribunal Federal (STF), e pelo "uso de meios para tentar calar opiniões em contrário", além de querer “liberar as drogas e destruir as famílias”. A declaração dela foi feita por meio de videoconferência no segundo dia da quarta edição do CPAC Brasil, edição brasileira do maior evento conservador do mundo, que se realizou em Belo Horizonte.
A presidente do PL Mulher também listou outros aspectos do “desmonte” de iniciativas implementadas nos quatro anos do governo Jair Bolsonaro (PL) dentro da agenda conservadora, que ela considera ser ainda apoiada pela maioria dos brasileiros. Entre esses pontos levantados está o esforço para respeitar o contribuinte e facilitar o empreendedorismo no país. “Trouxemos bons resultados, apesar das perseguições que tivemos e ainda temos do sistema”, disse.
Ela também convidou ou os participantes a saírem em defesa de valores da direita e da família em contraposição a “ideologias inúteis e destruidoras”, como a que transformam estudantes nas escolas públicas em militantes. "Seguiremos defendendo a liberdade de expressão, religiosa e de imprensa”, acrescentou.
Bolsonaro vê "problema" na candidatura à prefeitura de SP
No mesmo encontro, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) também falou por meio de videoconferência para destacar que “a esquerda é inimiga da humanidade”. “A direita sempre esteve unida. O que nos falta é, cada vez mais, nós acertamos o nosso norte. Como um todo, estamos indo bem. Começamos muito tarde em relação à esquerda que, digo sempre, não são nossos adversários. São inimigos da humanidade, inimigos do cidadão, inimigos da liberdade”, disse. Para ele, o seu governo serviu para despertar milhões de pessoas da necessidade de se unirem para defender o futuro da nação.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) enfatizou a importância de abordar questões internas do seu partido em várias regiões do país à medida que as eleições municipais de 2024 se aproximam. Embora não tenha mencionado nomes ou detalhes, ele utilizou São Paulo como um exemplo desse desafio. Essa observação coincide com o momento em que o atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), tenta equilibrar uma postura de distância em relação ao ex-presidente, com o cuidado de não perder seu apoio, ao mesmo tempo em que busca conquistar eleitores mais inclinados à esquerda, para enfrentar a concorrência de Guilherme Boulos (PSol).
Esse comportamento ambivalente tem causado frustração entre os seguidores de Bolsonaro. Por outro lado, os aliados de Nunes acreditam que um possível candidato do PL, mais alinhado a Bolsonaro, poderia fragmentar o voto da direita e prejudicar os planos do prefeito. No entanto, também querem evitar a polarização.
Zema prega a união da direita nas eleições municipais de 2024
No sábado (22), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), fez um apelo pela união da direita nas eleições municipais de 2024 após fazer uma longa explanação sobre os estragos deixados pelos governos petistas no seu estado e no Brasil. “O social da esquerda fica só na boca dos esquerdistas ou nos microfones”, disse.
Entre os palestrantes do CPAC Brasil estavam o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que narrou seu mais recente embate com o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, em torno da polêmica autorização da pasta para implantar banheiros unissex em escolas. "Estou sob mais um ataque da esquerda. Torço que esteja errado sobre a resolução do governo que trata de homens biológicos de banheiros femininos", disse.
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