Na manhã desta terça-feira (13), servidores do Tesouro Nacional e da Controladoria-Geral da União (CGU) protestaram em frente aos prédios dos ministérios da Fazenda (MF) e da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) pela retomada das negociações com o governo sobre as pautas da categoria.
De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle (Unacon Sindical), a mobilização está “em nível máximo” desde 31 de julho de 2024.
No fim de julho, a categoria rejeitou proposta do MGI, que ofereceu reajuste no intervalo de 11% a 23% em duas parcelas.
Segundo o sindicato, o acordo não foi possível por conta da resistência do MGI em negociar uma mudança nos requisitos para a entrada de técnicos federais de finanças e controle.
Atualmente, para ingressar no cargo de técnico federal de finanças e controle é preciso apenas ter o nível médio de ensino. A categoria quer mudar a exigência para nível superior.
A categoria está em greve nesta terça e quarta-feira (14). Esta é a segunda semana consecutiva que os servidores interrompem as atividades.
Segundo o sindicato, além do protesto, o dia de hoje ficará marcado pela entrega de cargos.
“Até o momento, 321 auditores e técnicos federais de finanças e controle pediram demissão de cargos de chefia, coordenação e superintendência, sendo 192 da CGU e 129 do Tesouro”, informou o sindicato.
O sindicato também alertou que a greve prejudica diversos serviços.
Na CGU ocasiona:
- Atrasos em processos;
- Atraso em andamento de sete acordo de leniência;
- Prejuízo à análise de alertas de fraudes e irregularidades em licitações e contratos públicos.
No Tesouro Nacional ocasiona:
- Comprometimento do monitoramento das regras fiscais e na apuração do resultado primário;
- Atraso nos ajustes das programações financeiras dos órgãos, inclusive os relacionados a emendas;
- Atraso na entrega de informações para elaboração do PLOA 2025;
- Emissão e resgates de títulos públicos estão ocorrendo fora do prazo usual ;
- Reuniões externas com estados, municípios e outros órgãos, como Banco Central, foram desmarcadas;
- Adiamento da reunião do Comitê de Programação Financeira.
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