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Nesta sexta-feira (12), ao discursar durante visita à fábrica da JBS, em Mato Grosso do Sul, onde esteve para acompanhar o primeiro embarque de carne para a China, o presidente Lula (PT) disse que gostaria de punir com prisão quem mente.
Na ocasião, o petista também elogiou a atuação dos irmãos Batista (Joesley e Wesley), donos do frigorífico, e voltou a atacar a operação Lava Jato, que contou com delação premiada dos irmãos.
Antes de se referir à Lava Jato, Lula fez um longo discurso contra o uso da mentira na política e disse que o país precisa de “tranquilidade” e “solidariedade”.
“Quando a solidariedade desaparece, a mentira ganha destaque. E não é possível você governar um país do tamanho do Brasil com mentiras porque mentira tem perna curta. É uma questão de tempo, chega uma hora que ela aparece [...] Esse país precisa apenas de uma coisa, de tranquilidade. Tranquilidade e verdade. Eu, se pudesse, faria um decreto: É proibido mentir, quem mentir vai ser preso. A gente não pode viver subordinado à mentira, maldade, intriga”, disse Lula.
Em outro trecho do discurso, ao criticar a demora para o acordo comercial entre a JBS e os chineses, Lula lembrou que o frigorífico já havia sido vistoriado pelos chineses em 2018 quando ele “estava preso na Polícia Federal por conta da maior mentira já contada nesse país, que a história se encarregará de provar”.
Em abril de 2017, ano anterior à vistoria, a JBS assinou um acordo de leniência com a Procuradoria-Geral da República (PGR) a partir da delação premiada dos irmãos Batista para devolver R$ 250 milhões. Na delação dos executivos foram mencionados pagamentos milionários de propina a políticos do PT, do núcleo do governo Temer, do Centrão, e dos núcleos do MDB e PSDB.
Posteriormente, a PGR rescindiu o acordo por suspeitas de obstrução de investigação e omissão de fatos criminosos por parte dos delatores.