A Embaixada da China em Brasília afirmou nesta sexta-feira (27) que tentativas de "difamar" o país por causa da pandemia da Covid-19 irão "fracassar". A manifestação ocorre depois de uma conversa telefônica entre os presidentes Jair Bolsonaro e Xi Jinping e da reunião emergencial dos líderes do G-20, por videoconferência. "Acreditamos que quaisquer tentativas de difamar a China e minar a fraternidade China-Brasil, seja quem for o seu autor, seja como for a sua forma, serão fracassadas", afirmou a representação, em nota oficial. A diplomacia chinesa afirma ter constatado que surgiram no Brasil grupos e indivíduos que "fabricaram e disseminaram boatos maléficos e incitaram a xenofobia e racismo e até espalharam ódio".
Nas últimas semanas, grupos de direita apoiadores do governo Jair Bolsonaro passaram a se referir ao novo coronavírus como "vírus chinês", a mesma forma usada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que trava disputa comercial, tecnológica e geopolítica com Pequim. Filho do presidente da República, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) causou uma inédita reação diplomática ao dizer que a culpa pela pandemia era da China e que a "ditadura" do Partido Comunista Chinês ocultou a gravidade da Covid-19, o que teria causado mais mortes. Para apaziguar o incidente na semana passada, o embaixador chinês Yan Wanming exigiu desculpas e a retirada da declaração, o que não ocorreu.
Nesta semana, o parlamentar voltou a difundir nas redes sociais teorias sem comprovação que acusam o governo comunista chinês de usar o novo coronavírus para criar uma crise mundial e associam as desavenças do pai com governadores de Estado a uma conversa deles com o embaixador.
Após a primeira manifestação de Eduardo, integrantes do governo federal passaram a questionar abertamente a confiabilidade dos dados de Pequim, entre eles o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta. Foi uma mudança de postura, já que inicialmente o ministro havia pedido respeito aos chineses vítimas da doença. Em nota, a embaixada disse que o governo Xi Jinging conseguiu "conter a propagação de forma efetiva" e afirmou que trabalha com transparência. A diplomacia afirma que os resultados alcançados pelo país são "reconhecidos" pelas Nações Unidas e OMS e que "a abordagem chinesa virou referência para o mundo".
Regulamentação no STF pode redefinir regras da Internet e acirrar debate sobre liberdade
Áudios vazados: militares reclamam que Bolsonaro não assinou “golpe”; assista ao Entrelinhas
Professor, pupilo de Mujica e fã de Che Guevara: quem é Yamandú Orsi, presidente eleito do Uruguai
Clã Bolsonaro conta com retaliações de Argentina e EUA para enfraquecer Moraes
Triângulo Mineiro investe na prospecção de talentos para impulsionar polo de inovação
Investimentos no Vale do Lítio estimulam economia da região mais pobre de Minas Gerais
Conheça o município paranaense que impulsiona a produção de mel no Brasil
Decisões de Toffoli sobre Odebrecht duram meses sem previsão de julgamento no STF
Deixe sua opinião