A Embaixada de Israel no Brasil afirmou, na manhã desta quarta (21), que o embaixador Daniel Zohar Zonshine não vai participar do ato marcado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na Avenida Paulista, em São Paulo, no próximo domingo (25).
Zonshine foi convidado pelo advogado Fábio Wajngarten, que defende Bolsonaro, para participar do ato como uma resposta à crise diplomática gerada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no último final de semana, em que comparou a reação israelense contra o Hamas ao Holocausto nazista.
“A Embaixada de Israel no Brasil esclarece que o embaixador não participará dos eventos em São Paulo no dia 25/02, nem qualquer outro representante diplomático israelense. Respeitamos a liberdade de expressão no Brasil e preferimos ficar fora do debate político interno”, disse a representação diplomática israelense em nota.
O convite a Zonshine não foi unanimidade entre os aliados de Bolsonaro, entre eles o pastor Silas Malafaia que está organizando o ato. Interlocutores afirmam que ele considerou a presença do embaixador como um desvio do foco da manifestação, que é fazer a defesa de Bolsonaro e do Estado democrático de Direito.
O embaixador está na mira do Ministério das Relações Exteriores após o governo israelense ter declarado Lula como “persona non grata” pela fala do final de semana. Ele foi convocado pelo ministro Mauro Vieira na segunda (19) para prestar esclarecimentos.
No último domingo (18), Lula comparou as ofensivas de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto sofrido pelo povo judeu durante a Segunda Guerra Mundial. “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”, disse o presidente.
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