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Juscelino Filho
O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, é apontado como sócio oculto da Arco Construções, empreiteira que pode ter sido usada em esquema de corrupção| Foto: André Borges/EFE

Esta semana, o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, voltou a ser notícia depois que a Polícia Federal (PF) o apontou como sócio oculto da Arco Construções, empreiteira que pode ter sido usada em um esquema de corrupção para beneficiar Juscelino quando ele atuava como deputado federal pelo União Brasil-MA.

De acordo com apuração da Folha de São Paulo, a empreiteira não tem sede nem funcionários e acumula dívidas com bancos públicos.

O jornal percorreu os endereços da empresa indicados em documentos oficiais e consultou registros de cartórios e licitações encontrados no Tribunal de Contas do Maranhão.

“O quadro encontrado é de situações muito fora do comum de uma construtora em operação regular”, diz um trecho da reportagem da Folha publicada nesta sexta-feira (24).

Segundo a investigação da PF, a Arco Construções recebeu R$ 2,56 milhões em 2017 para fazer reparos em estradas de terra no município de Vitorino Freire (MA), cidade que tem a irmã de Juscelino, Luanna Rezende, como prefeita. A suspeita é de que ele pode ter se beneficiado pessoalmente das emendas parlamentares pagas à empresa.

A Arco Construções está formalmente registrada em nome de Antônio Tito, amigo da família do ministro e que tem sido alvo de investigações.

A ligação da empreiteira com Juscelino Filho foi apontada através de mensagens obtidas com a apreensão de um aparelho celular e documentos durante a Operação Odoacro, realizada em julho de 2022.

Procurada pela Gazeta do Povo na quinta-feira (23), a defesa do ministro disse que as acusações são “absurdas”.

Juscelino também é investigado por suposta relação criminosa com um dos proprietários da Construservice, empreiteira suspeita de desvios na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Segundo a PF, quando era deputado, Juscelino esteve envolvido em atividades ilícitas da empresa.

Em setembro deste ano, a irmã do ministro Luanna Rezende (União-MA), foi alvo de busca e apreensão, relacionada às obras de pavimentação contratadas com a Construservice na cidade em que ela é prefeita, Vitorino Freire (MA), custeadas por emendas indicadas por Juscelino.

Apesar das investigações, recentemente, Juscelino teve mandados negados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso.

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