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O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), é um dos apoiadores dos dois favoritos para vencerem as eleições legislativas do próximo sábado (1º), que vão escolher os novos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado.
Na primeira desponta Hugo Motta (Republicanos-PB) já dado como eleito por conta do arco de apoio de partidos que vão da base governista à oposição, assim como Davi Alcolumbre (União-AP) para o Senado. No entanto, o PL precisou fechar acordos que podem tornar um pouco mais difícil o avanço de pautas de interesse da direita.
Na sua opinião, esta foi uma boa estratégia para o partido? Participe da nova enquete da Gazeta do Povo, abaixo:
Em ambas as eleições, o PL faz dobradinha com o PT na aliança de apoio aos dois candidatos, mirando na proporcionalidade para presidir as comissões temáticas, que são onde os projetos de lei começam a tramitar no Congresso. Mas, não apenas isso.
O PL conta com a aliança a outros partidos para ocupar cargos estratégicos nas mesas diretoras das casas legislativas que, na ausência dos presidentes, assumem o comando delas, além de encaminhar representações disciplinares contra parlamentares para o Conselho de Ética.
Isso porque o tamanho da bancada do partido conta diretamente para os cargos mais cobiçados. O PL tem a maior delas, com 93 deputados.
Ao fechar apoio a Motta e a Alcolumbre, o PL acordou que ocupará a 1ª vice-presidência tanto da Câmara como do Senado. No caso da primeira, a cadeira é estratégica pelo comando das sessões na falta do presidente – a expectativa é de que o deputado Altineu Côrtes (PL-RJ) ocupe o cargo.
Já no Senado, o comando da 1ª vice-presidência sinaliza um espaço maior da oposição na mesa diretora. O mais cotado para o cargo é o senador Eduardo Gomes (PL-TO), que já foi líder do governo Bolsonaro na casa.
O PL vive internamente, ainda, uma crise com a intenção do senador Marcos Pontes (PL-SP) de insistir na candidatura ao cargo – e que já foi desautorizado por Bolsonaro. Ele protocolou a candidatura na última segunda (27).
“Acredito profundamente que nosso país precisa de paz, de justiça e de harmonia para crescer, e sei que só conquistaremos isso se o Senado Federal retomar sua credibilidade e cumprir seu papel fundamental”, disse.
Já Bolsonaro respondeu afirmando que “é lamentável” o Astronauta manter a candidatura por uma “ambição pessoal” que “fortalece o outro lado”. “Única forma de nós sermos algo dentro do Senado, diferente do que é hoje, é apoiando um candidato que já vai ganhar uma vaga na Mesa”, disse o ex-presidente.
Na avaliação de Bolsonaro, o senador paulista tem mantido uma postura coerente com a bancada de oposição. Ainda assim, reforçou, Pontes teria que recuar na questão da presidência ao Senado e negociar apoios para que, entre outras questões, a oposição tenha força para pautar o projeto que anistia os presos do 8 de janeiro.