Em discurso na 78º Sessão da Assembleia Geral da ONU, Lula manteve o discurso de relativizar as agressões russas à Ucrânia| Foto: Ricardo Stuckert / PR
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A postura do presidente Lula (PT) de relativizar as agressões russas à Ucrânia, que culminaram em um conflito que já perdura há mais de um ano e meio, foi mantida em seu discurso na 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, que ocorreu nesta terça-feira (19), em Nova York.

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Mesmo após a fala do secretário-geral da ONU, Antônio Guterres, que abriu o evento com uma defesa da Ucrânia, deixando claro que esse seria um dos principais temas da cúpula, o petista não citou a Rússia ao longo de seu discurso e fez uma crítica velada a países que estão fornecendo armamento para que o país se defenda dos ataques russos.

Lula manteve a linha de não mencionar que foi a Rússia quem invadiu um vizinho pacífico com o objetivo de anexar territórios. Em maio, o petista afirmou à revista norte-americana Time que o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, "quis a guerra" com a Rússia. "Esse cara é tão responsável quanto o Putin. Ele é tão responsável quanto o Putin. Porque numa guerra não tem apenas um culpado", disse Lula.

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Lula recentemente também criou um mal-estar internacional ao defender que o líder russo Vladimir Putin poderia vir “facilmente” ao Brasil para a Cúpula do G20 no próximo ano sem risco de prisão.

Falas como essas geraram em um clima pouco amistoso entre o mandatário brasileiro e o ucraniano. Zelensky, presente na cúpula, não aplaudiu Lula durante seu discurso na assembleia da ONU. O petista foi aplaudido cinco vezes por alguns membros da plateia, mas Zelensky se manteve indiferente.

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