A instituição Stand With Us - Brasil, entidade ligada ao governo de Israel, divulgou neste domingo (18) uma nota de repúdio contra "as falas desastrosas" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após ele comparar os ataques de Israel ao grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza ao Holocausto. A nota foi assinada pelo presidente-executivo da StandWithUs-Brasil, André Lajst.
Segundo a instituição, Lula "ultrapassou todos os limites, atacando o Estado judeu com uma declaração infame que envergonhará o Brasil por muito tempo". E ainda acrescenta que "criar falsos paralelos entre Israel e o nazismo é um dos mais vis tópicos contemporâneos do discurso antissemita no mundo inteiro".
"Nenhuma outra comparação poderia ser mais cruel e mais ofensiva para os judeus. É por isso que a Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), da qual o Brasil é membro, lista como um dos exemplos de manifestações antissemitas 'Efetuar comparações entre a política israelense contemporânea e a dos nazistas'", disse a entidade.
O presidente afirmou durante uma entrevista coletiva realizada na Etiópia neste domingo que “o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino não existiu em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu. Quando Hitler resolveu matar os judeus”, comparando o conflito atual com o Holocausto.
Na nota, a instituição critica a comparação do petista e relata o "extermínio sistemático" da política nazista, que matou ao menos 6 milhões de judeus, "do modo mais rápido e econômico possível". "Os judeus eram caçados por toda a Europa, assassinados em florestas próximas a seus vilarejos ou transportados em trens, despojados dos seus nomes e identificados com números, classificados para o trabalho escravo ou para a morte imediata nas câmaras de gás e, no final, tendo seus corpos queimados ou jogados em valas comuns", relembra a instituição.
"Qualquer pessoa que tenha mínima ideia do que foi o Holocausto se dá conta de que não há absolutamente nada nele que possa ser comparado com a guerra atualmente em curso na Faixa de Gaza. Não existe plano de Israel para exterminar os palestinos", reforça.
A entidade também relembrou o ataque no dia 7 de outubro de 2023, cujo "o grupo Hamas, que defende em sua carta fundacional a morte dos judeus, invadiu o território de Israel e matou a sangue frio mais de 1.200 pessoas, na maior matança de judeus por serem judeus desde a Shoá".
"A fala do presidente da república, além de banalizar o Holocausto, faz uma absurda inversão dos fatos, transformando suas vítimas em algozes. Com essa e outras falas lamentáveis sobre a guerra de Israel contra o Hamas — que, infelizmente, têm se sucedido uma após a outra nos últimos meses —, em vez de se envolver para combater o antissemitismo que cresce no mundo, Lula tem feito o oposto, contribuindo ainda mais para o fomento do ódio aos judeus, inclusive no Brasil. Judeus esses que são parte da população brasileira, a qual Lula tem o dever de proteger indiscriminadamente", conclui a entidade.
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