A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP)| Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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Ao comentar sobre a intimação do Supremo Tribunal Federal (STF) para que apresente defesa na ação em que é ré por porte ilegal de arma, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) disse que achou “estranho” o fato de a intimação ser entregue um dia após ter conseguido o apoio de mais de 130 deputados em um pedido de impeachment contra o presidente Lula (PT) por causa das declarações sobre Israel.

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Nesta quarta-feira (21), Zambelli recebeu a visita de uma oficial de justiça no Plenário da Câmara. A entrada da oficial foi autorizada pela deputada. O momento da recepção da intimação foi registrado em vídeo por Zambelli em suas redes sociais.

Criticada por parlamentares por ter permitido a entrada da oficial de justiça no Plenário, a deputada explicou que a entrada não foi forçada e que teria permitido o acesso ao local para evitar o deslocamento até o lado de fora, já que participava de uma sessão e a oficial já estava dentro da Câmara.

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Zambelli foi intimada para apresentar defesa no caso relatado pelo ministro Gilmar Mendes. O inquérito é referente ao episódio ocorrido na véspera do segundo turno das eleições, no ano passado, quando a parlamentar, após defender-se de agressões, perseguiu um apoiador do presidente Lula (PT) pelas ruas de um bairro nobre de São Paulo com uma arma em punho.

Zambelli foi alvo de busca e apreensão determinada por Mendes. As armas da deputada foram apreendidas.

“Só é estranho que (a intimação) seja um dia depois do (pedido) de impeachment. Ontem, me multaram em R$ 30 mil em uma coisa que acho que nem viram o vídeo porque falaram que eu fiz ‘fake news’ e o vídeo era exatamente o contrário da fake news”, disse a deputada em vídeo publicado na rede social X, nesta quinta-feira (22).

Na terça-feira (20), o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) multou Zambelli em R$ 30 mil por supostamente ter divulgado notícias falsas sobre o aplicativo e-Título no período eleitoral de 2022.

“Era aquele caso do QR Code, do título de eleitor que aparecia ‘Lula 13’, e algumas pessoas estavam achando que se votasse com aquele QR Code o voto iria para o Lula. A gente fez um vídeo dizendo que não, que o voto não iria para o Lula, que aquele QR Code não significava nada, que o voto da urna era uma coisa e o QR Code era outra. E, fizemos um pedido de informação para o TSE perguntando por que aquele código era ‘Lula’ e era ‘13’. Porque era muita coincidência um código ser gerado e de repente aparecer ‘13’. Mas, me condenaram por fake news. Então, a fake news é que eu estava dizendo que o voto não iria para o Lula? Então, quer dizer que o voto iria?”, questionou Zambelli ao falar sobre a multa imposta pelo Tribunal.

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A decisão do TSE ainda admite recurso. A deputada confirmou que irá recorrer da decisão.

“Ontem, foi o TSE, hoje foi o STF. Amanhã, espero que não seja a Polícia Federal às 6 horas da manhã na minha casa, mas se for significa que eles estão incomodados com esse pedido de impeachment”, completou Zambelli.

De acordo com a deputada, o pedido de impeachment contra o presidente Lula (PT) já conta com 140 assinaturas. A parlamentar também pediu aos seguidores para endossar o pedido através da assinatura digital no site de petições change.org. Até o momento, o abaixo-assinado no site conta com mais de 238,7 mil assinaturas.,

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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