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O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos aplicou sanções contra um integrante do Primeiro Comando da Capital (PCC) acusado de lavar mais de R$ 1,2 bilhão (cerca de US$ 240 milhões) para a facção criminosa.
Diego Macedo Gonçalves do Carmo, conhecido como “Brahma” ou “Magrelo”, foi condenado a 7 anos e 11 meses de prisão por tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, em novembro de 2022. Ele cumpre pena na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO).
O Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros dos EUA (OFAC, na sigla em inglês) considera Brahma uma “peça-chave” na operação financeira do PCC.
“Com uma extensa rede em toda a América Latina, bem como uma presença global em expansão, o PCC representa uma das organizações de tráfico de drogas mais preocupantes na região”, disse o subsecretário do Tesouro para Terrorismo e Inteligência Financeira, Brian E. Nelson, em nota.
O departamento destacou que Diego Macedo, mesmo preso, segue dando ordens à facção. Além disso, o Tesouro dos EUA apontou Brahma como um dos envolvidos no assalto a uma agência do Banco do Brasil em Uberaba (MG), em 2019. Segundo os EUA, a ação contra o membro do PCC só foi possível com a cooperação das autoridades brasileiras.
"A ação de hoje faz parte de um esforço de todo o governo para combater a ameaça global representada pelo tráfico de drogas ilícitas para os Estados Unidos, que está provocando a morte de dezenas de milhares de americanos anualmente, bem como inúmeras overdoses não fatais", diz o comunicado.
O Tesouro americano bloqueou todas as transações envolvendo bens e interesses em bens de Brahma que estejam nos Estados Unidos ou que sejam realizadas por pessoas dos EUA. Esses bens devem ser reportados ao departamento.
O OFAC também determinou que quaisquer entidades que tenham a participação de Diego Macedo, direta ou indiretamente, com 50% ou mais das ações, também estão bloqueadas.