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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta sexta (1º) que o governo dos Estados Unidos está preocupado com o “comportamento” do Brasil e a relação entre os dois países. A afirmação foi dada durante uma palestra no Lide Brazil Development Forum, em Washington, em que destacou questões como preservação do meio ambiente e desenvolvimento econômico.
De acordo com o senador, as relações bilaterais são lideradas pelo presidente da República, mas também envolvem outros atores. Pacheco ressaltou a importância de não permitir o radicalismo na questão ambiental e defendeu o equilíbrio entre preservação e desenvolvimento.
“Defesa do meio ambiente não pode ser intransigente. E possível conciliar. Não podemos permitir o radicalismo do explorador voraz e irresponsável nem o ambientalismo intransigente. E isso não será feito só pelo Executivo”, disse em registro do Correio Braziliense.
Pacheco ainda criticou nações estrangeiras por cobrarem a preservação ambiental do Brasil sem oferecer compensações adequadas. Segundo ele, o foco das discussões dos países desenvolvidos em eventos internacionais recentes estava voltado para o desmatamento ilegal sem levar em consideração aspectos positivos, como a matriz energética renovável e a preservação de 66% da área brasileira em estado natural.
Ele enfatizou que o Brasil já possui leis rigorosas e deve garantir o cumprimento delas, além de exigir compensações financeiras das nações desenvolvidas que cobram a preservação ambiental do país. Ele argumentou que a compensação está prevista, mas não é efetivamente paga, e que é hora de mudar essa realidade.
“Hoje os países desenvolvidos exigem de nós uma preservação que não fizeram no passado sem que haja uma compensação. Até está prevista, mas não pagam invocando o fato de que há desmatamento ilegal em nossas florestas”, comentou.
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Ainda segundo o senador, o Brasil não deve abrir mão de seus recursos naturais e afirmou que o Senado estará atento aos projetos relacionados a questões ambientais, como o marco legal do saneamento. Ele assegurou que o Congresso participará ativamente na análise de propostas relacionadas ao meio ambiente, resíduos sólidos e crédito de carbono, sempre buscando o equilíbrio.
“Nós atuamos para fazer prevalecer o marco legal do saneamento, quanto houve a tentativa de mitigá-lo”, afirmou lembrando de uma das derrotas que o governo teve no Congresso ao tentar derrubar trechos da legislação por decreto.
Rodrigo Pacheco ainda comentou sobre o resultado do PIB (Produto Interno Bruto) no segundo trimestre, melhor do que o esperado pelos economistas, e enfatizou a importância do diálogo nas relações entre os poderes. “Os números são reveladores, o crescimento do PIB do segundo trimestre foi acima das expectativas, uma boa surpresa”, completou.