O tenente-coronel Mauro Cid, em 2021, durante viagem a Nova York com Jair Bolsonaro.| Foto: Isac Nóbrega/PR.
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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), será ouvido nesta terça-feira (4) pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dedicada a investigar os atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro. O depoimento deve começar às 9h.

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Cid está preso desde 3 de maio, acusado de fraudar cartões de vacinação. Embora sua prisão não tenha relação com os atos do 8 de janeiro, a convocação foi solicitada por 12 parlamentares governistas, como os senadores Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) e Eliziane Gama (PSD-MA), sob o argumento de que a Polícia Federal encontrou no celular dele supostas mensagens com "teor golpista".

A defesa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro pediu dispensa da oitiva, mas a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que ele deve prestar depoimento à CPMI. Ela, porém, garantiu que ele tem o direito de ficar em silêncio para não responder perguntas que possam o incriminar.

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Segundo a PF, Cid foi o interlocutor de mensagens enviadas por Jean Lawand Júnior, que prestou depoimento na CPMI na terça-feira (27) passada. Na ocasião, Lewand negou por diversas vezes ter pedido a Mauro Cid que convencesse Bolsonaro a liderar um golpe de Estado por meio de uma intervenção militar ou Estado de sítio. A senadora Eliziane Gama, relatora da CPMI, disse que quer confrontar as versões de ambos.

“O coronel Lawand tentou colocar de que ele estaria fazendo uma orientação apenas em relação ao equilíbrio nacional, à paz nacional. A gente vai tentar ouvir do Mauro Cid se ele efetivamente recebeu esse tipo de comunicado nesta mesma linha”, afirmou.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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