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Ministro interino do GSI diz que imagens que mostram invasão ao Palácio do Planalto foram editadas para “atingir governo e general”.| Foto: GSI/reprodução

Em depoimento nesta quinta-feira (22) à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) que apura os atos de vandalismo de 8 de janeiro, o general Marco Gonçalves Dias, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), confirmou que houve edição dos relatórios da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) antes de serem enviados ao Congresso ainda em janeiro, mas por causa de um "erro" contido nos documentos.

O ex-ministro de Lula justificou dizendo que o documento original mencionava "ministro do GSI" entre os destinatários dos informes sobre os atos que estavam sendo feitos via WhatsApp, o que segundo ele estava errado, pois ele nega que fizesse parte do grupo do aplicativo que recebeu as mensagens de alerta.

"Não adulterei e não fraudei nenhum documento. Sempre falei no GSI que todo documento que passasse por lá tinha que ser a expressão da verdade. A comissão solicitou o que a Abin tinha produzido de informação. Esse documento passou para a agência, que respondeu com um compilado de mensagens, incluindo certo ministro do GSI. Não participei e o documento não condizia com a verdade", disse, segundo O Globo.

GDias, como é conhecido, também disse que não facilitou a invasão ao Palácio do Planalto. Ele classificou as imagens de circuito interno vazadas são “imprecisas” e “desconexas”.

Ao responder os questionamentos, sua atuação permitiu que as 182 prisões no local e impediu depredações de parte do terceiro andar e de todo o quarto. “Em 2022, fui convidado para assumir o GSI, tomando posse em 1° de janeiro. Pedi afastamento em 19 de abril. Saí por causa da divulgação imprecisa e desconexa de vídeos gravados no interior do Palácio do Planalto, em 8 de janeiro”, disse GDias, como também é conhecido, segundo informações do Correio Braziliense.

O ex-chefe do GSI argumentou que o GSI participou da elaboração dos Protocolo de Ações Integradas (PAIs) implementados para garantir a segurança do Palácio do Planalto na posse presidencial, em 1º de janeiro, e, antes, no Sete de Setembro de 2022. Mas o órgão teria ficado de fora do planejamento para o 8 de janeiro. Dessa forma, disse que não pode informar se o ex-secretário de Segurança do Distrito Federal e ex-ministro da Justiça Anderson Torres têm alguma responsabilidade pelos atos.

As respostas foram dirigidas ao presidente da CPI, deputado Chico Vigilante (PT). O colegiado entrará na última semana de atividades antes do recesso parlamentar. G. Dias foi convocado esta semana para também prestar depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro, o que deve ocorrer somente após o recesso parlamentar de julho.

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