Pelas redes sociais, nesta terça-feira (14), a pesquisadora Michele Prado disse ter reconsiderado o convite do deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) e prometeu ir à Câmara, caso seja chamada à Comissão de Comunicação, para esclarecer suas declarações sobre suposta “milícia digital criada pela primeira-dama”, o funcionamento de um “gabinete do ódio”, e sobre ações de “manipulação da opinião pública”.
Em um primeiro momento, a pesquisadora não aceitou o convite, mas reconsiderou a proposta.
“Prezado deputado Nikolas Ferreira, reconsiderei o convite para falar ao Congresso e aceitarei para esclarecer, baseada na verdade dos fatos, todas as informações a respeito do episódio e me defender das mentiras que a brutal campanha de cyberbullying contra mim - oriunda principalmente de setores da esquerda - tem disseminado nas redes”, escreveu Michele em uma publicação em ser perfil no Instagram.
Ao saber da decisão da pesquisadora, o deputado disse que já conversou com o presidente da Comissão de Comunicação para garantir a votação do requerimento com o convite na próxima quarta-feira (22). Em seguida, será marcada uma data para o depoimento.
O deputado havia consultado a pesquisadora sobre a possibilidade de ela ser ouvida na comissão depois que ganharam repercussão nas redes sociais algumas publicações em que Prado associa seu desligamento do Monitor do Debate Político no Meio Digital, um grupo de pesquisa mantido pela Universidade de São Paulo (USP), ao fato de ter corrigido dados de uma pesquisa noticiada pela Globonews, na semana passada.
Ao noticiar o resultado de uma pesquisa, a Globonews informou que quase um terço (31%) das publicações no X (antigo Twitter), sobre a tragédia no Rio Grande do Sul, realizadas entre as 10h e 14h da sexta-feira (10), teriam como objetivo descredibilizar o poder público.
Prado disse que participou da pesquisa noticiada pela Globonews e, segundo a pesquisadora, os dados foram manipulados.
O grupo mantido pela USP, do qual Michelle Prado fazia parte, integra o GPOPAI (Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação).
A Gazeta do Povo entrou em contato com a USP para comentar o caso, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O jornal permanece aberto para quaisquer manifestações da universidade.
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