Hélio Doyle seguirá com remuneração por ter trabalhado no alto escalão e tido acesso a informações sensíveis.| Foto: Joedson Alves/Agência Brasil
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Demitido da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) por uma postagem ofensiva nas redes sociais em meados de outubro, o jornalista Hélio Doyle vai seguir recebendo o salário de R$ 34 mil por seis meses. Ele foi beneficiado por uma decisão da Comissão de Ética tomada em uma reunião no dia 11 de dezembro.

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A decisão segue a jurisprudência de conceder uma quarentena remunerada a ex-servidores do alto escalão do governo federal que tiveram acesso a informações privilegiadas. No caso de Doyle, a polêmica envolveu um tuíte do cartunista Carlos Latuff que ele compartilhou chamando apoiadores de Israel de “idiotas”.

“Preenchi o pedido, encaminhei à comissão e fui comunicado da decisão”, disse em entrevista ao jornal O Estado de São Paulo. Doyle estava à frente da EBC desde fevereiro e passou oito meses no cargo.

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Ana Moser também recebe benefício após ser demitida de ministério

A concessão de quarentena remunerada não é exclusividade de Doyle. A ex-ministra dos Esportes, Ana Moser, também recebeu o benefício após ser exonerada para dar mais espaço ao Centrão no governo.

Ao contrário de Doyle, Moser não apresentou uma proposta de trabalho ao solicitar a quarentena remunerada, alegando ter sido contatada por diversas empresas interessadas em sua consultoria nas áreas relacionadas ao Ministério do Esporte.

A prática da Comissão de Ética de dispensar a apresentação de uma proposta de trabalho se baseia na sensibilidade dos cargos desempenhados pelos ex-servidores. Cargos como ministro da Economia ou presidente do Banco Central poderiam ser exceções a essa regra.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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