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Twitter files

Ex-secretário de Flávio Dino defende que Musk seja “banido do Brasil com seus negócios”

Ricardo Cappelli
Ricardo Cappelli chamou de “ataques” as denúncias de Musk sobre a pressão de políticos e de parte do judiciário brasileiro por censura no Twitter (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e ex-secretário de Flávio Dino, quando o ministro comandou a pasta da Justiça, Ricardo Cappelli defendeu o banimento de Elon Musk e de suas empresas do Brasil.

Para justificar o banimento, Cappelli disse tratar-se de uma reação ao "fascismo" e chamou de “ataques” as denúncias do dono da rede social X (antigo Twitter) sobre a pressão de políticos e de parte do judiciário brasileiro por censura a perfis não alinhados à esquerda.

“Musk dobrou a aposta. Acabou de atacar novamente o ministro Alexandre de Moraes e, agora, o presidente Lula. Não se brinca com a cobra do fascismo. Ou você esmaga ela, ou ela te pega. Esse canalha precisa ser banido do Brasil com seus negócios. Imediatamente”, escreveu Cappelli em seu perfil na rede social X.

O “ataque” a que se refere Cappelli trata-se de uma publicação em que Musk pergunta “como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, se tornou um ditador no Brasil” e, em seguida, ele mesmo responde: “Ele tem Lula na coleira”.

Neste fim de semana, Musk decidiu passar por cima de todas as restrições impostas pela Justiça brasileira contra determinados perfis na plataforma. O bilionário acusou Moraes de censura e prometeu reativar os perfis por considerar as medidas impostas como arbitrárias e ilegais.

A decisão de Musk foi instigada a partir do recente caso conhecido como “Twitter Files Brazil”, que trouxe documentos com revelações de como a plataforma reagiu a pedidos de censura feitos, principalmente, por Moraes, em 2022.

Em resposta, no domingo (7), Moraes determinou a abertura de um inquérito contra Musk. No despacho, o ministro pediu a inclusão do empresário como investigado em outro inquérito já existente, o polêmico inquérito das milícias digitais.

Alinhados com a reação de Moraes, representantes do governo e parlamentares da esquerda reforçaram os pedidos para regulação das redes sociais, pediram a “responsabilização” de Musk e o acusaram de ser um tipo de “porta-voz da extrema-direita global”.   

Nesta segunda-feira (8), o Advogado-Geral da União (AGU), Jorge Messias, disse ter denunciado Musk durante reunião da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), em Washington, nos Estados Unidos, e prometeu medidas "concretas e contundentes, com alcance internacional, na luta contra o discurso de ódio, a desordem informacional e o extremismo".

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