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Mina em Alagoas

Executivos de empresa envolvida em desastre ambiental em Maceió integram “Conselhão” de Lula

Lula durante a primeira reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, em maio. (Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República.)

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O diretor-presidente da Braskem, Roberto Bischoff, é um dos membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS), também conhecido como “Conselhão”. A petroquímica Braskem é responsável pela mina de sal-gema que causou o afundamento do solo em bairros de Maceió (AL). O conselho tem o objetivo de auxiliar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na elaboração de políticas públicas para o crescimento econômico e desenvolvimento social.

O colegiado é formado por 246 integrantes entre representantes de entidades sindicais, movimentos sociais, agronegócio e do setor financeiro, empresários, entre outros. Até o momento, apenas uma reunião foi realizada pelo grupo, a próxima está prevista para o dia 12 de dezembro.

Além de Bischoff, o diretor de Relações Institucionais da Novonor (antiga Odebrecht), Claudio Medeiros, também integra o “Conselhão” de Lula. Atualmente, a Braskem é controlada pela Novonor, que é dona de 38,3% do capital total. Já a Petrobras é a segunda maior acionista, com 36,1%. Sócios minoritários detêm os 25,6% restantes.

O governo alagoano avaliava a possibilidade de um colapso iminente ainda no fim de semana, mas a velocidade de afundamento diminuiu. O monitoramento mais recente aponta que a velocidade de movimentação do solo alcançou 0,26 centímetros por hora. A instabilidade no solo fez com que mais de 14 mil imóveis na região fossem evacuados, afetando cerca de 60 mil pessoas.

Mais cedo, Bischoff afirmou que "situações políticas" distorcem informações sobre a situação em Maceió. "Nós estamos absolutamente comprometidos com um trabalho de mais de quatro anos e de fazer esse processo sem colocar em risco as pessoas. Infelizmente, [esse tema] entra em alguma situação política que a gente acaba tendo informações distorcidas, nas redes sociais", explicou o executivo da Braskem, mesmo sem ter sido questionado, durante o Encontro Anual da Indústria Química.

Cinco bairros da cidade foram atingidos por rachaduras, abalos sísmicos e afundamento de solo em razão da exploração de sal-gema na mina 18 da Braskem. A mineração na região teve início nos anos 1970 e foi interrompida em 2019. Os problemas na região começaram em 2018. O sal-gema é retirado de cavernas subterrâneas e é utilizado para produzir soda cáustica e policloreto de vinila (PVC). No sábado (2), a Braskem disse que a área de risco do mapa definido pela Defesa Civil municipal foi 100% desocupada.

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