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Operação da PF

Exército diz em nota não compactuar com eventuais desvios de conduta

Lourena Cid
Militares afirmam que colaboram com as investigações da operação que mira o general Mauro Lourena Cid. (Foto: Roberto Oliveira/Alesp)
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O Exército Brasileiro afirmou, no final da manhã desta sexta (11), que está acompanhando a operação deflagrada pela Polícia Federal mais cedo que tem o general Mauro César Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), como principal alvo dos mandados de busca e apreensão.

Lourena Cid é apontado pela PF como o articulador do suposto desvio de presentes recebidos pelo governo brasileiro para a venda nos Estados Unidos, como esculturas, joias e relógios de luxo.

Segundo informou o Exército à Gazeta do Povo, os militares “vem acompanhando as diligências realizadas por determinação da Justiça e colaborando com as investigações em curso”.

“Cabe destacar que o Exército Brasileiro não compactua com eventuais desvios de conduta de quaisquer de seus integrantes”, disse.

O Exército afirmou, ainda, que não se manifesta sobre “processos apuratórios conduzidos por outros órgãos”, pois este seria o “procedimento que tem pautado a relação de respeito do Exército Brasileiro com as demais instituições da República”.

Além do general, também são alvos da operação o próprio tenente-coronel Mauro Cid; outro ex-ajudante de ordens, o tenente Osmar Crivelatti; e o advogado Frederick Wassef, defensor da família Bolsonaro, segundo decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a que a Gazeta do Povo teve acesso. A reportagem tenta contato com os citados.

Eles são suspeitos de utilizar a estrutura do governo para “desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado brasileiro, por meio da venda desses itens no exterior”, diz a PF em nota.

Ainda segundo a autoridade, os valores obtidos dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal dos investigados, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, “com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”.

Os mandados fazem parte do inquérito aberto no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura as chamadas “milícias digitais”, e foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes. De acordo com a PF, os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

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