Um documento do Exército Brasileiro encaminhado à CPMI dos atos de 8 de janeiro, no Congresso Nacional, afirma que o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela segurança da Presidência da República no Palácio do Planalto, não acionou as tropas antecipadamente como determinava o protocolo estabelecido.
O ofício de autoria do general Francisco Montenegro Junior foi enviado aos parlamentares na última segunda (26) após requisição do senador Sergio Moro (União Brasil-PR). A Gazeta do Povo teve acesso ao documento em que o comandante afirma que houve uma falha do GSI que “impossibilitou o desdobramento prévio da adoção de dispositivo preventivo de segurança” (veja na íntegra).
“Não cabe ao Comandante do BGP (Batalhão da Guarda Presidencial) a responsabilidade direta da segurança das sedes do Poder Executivo federal e outras áreas públicas. Compete a ele a responsabilidade perante o emprego de suas tropas, sob controle operacional do GSI”, diz o ofício.
Montenegro informou que havia duas unidades do Comando Militar do Planalto (CMP) de prontidão nos dias 7 e 8 de janeiro, mas que somente às 11h54 do domingo (8) é que houve uma solicitação verbal para o envio imediato de um pelotão de choque com 30 militares.
“Especificamente em 8 de janeiro de 2023, as ordens para deslocamento das tropas foram verbais, diretamente aos comandantes das organizações militares acionadas”, diz o comandante.
O documento explica, na alegação do Exército, que foram empregados um total de 350 militares ao longo do domingo na contenção ao protesto, sendo que 198 chegaram ao Palácio por volta das 12h30, cerca de meia hora após terem sido solicitados. “Atuação: contenção dos manifestantes, desocupação do estacionamento e área externa do Palácio do Planalto”, diz.
No entanto, apesar da alegação de que havia um grupo de militares no Planalto já antes da invasão, manifestantes conseguiram entrar no prédio às 14h50 sem qualquer tipo de contenção pelo piso térreo e pela rampa de acesso ao Salão Nobre.
O ofício afirma, ainda, que às 16h50, no auge da depredação nos prédios públicos, outros 85 militares da Base de Administração e Apoio do Comando Militar do Planalto foram também deslocados para o local para fazer a desocupação dos pisos superiores do Palácio.
Às 17h15, mais 40 militares do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas agiram na contenção dos manifestantes e na desocupação do Palácio. Toda as ordens foram, segundo o general Montenegro Júnior, transmitidas aos comandantes dessas organizações militares.
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