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Em decorrência do inquérito aberto para apurar o sumiço de 21 armas do Arsenal de Guerra localizado em Barueri, na Grande São Paulo, o Exército decidiu punir 17 militares com prisão disciplinar por omissão e negligência.
No início do mês, o Exército deu conta do desaparecimento de ao menos 13 metralhadoras calibre .50 e outras oito calibre 7,62 mm. Nas mãos de criminosos, as metralhadoras .50 são usadas para derrubar aeronaves e atacar carros-fortes.
Segundo o Comando Militar do Sudeste (CMSE), as armas que foram furtadas não estavam funcionando e passariam por manutenção.
Além do procedimento administrativo, outros sete militares seriam apontados na investigação como suspeitos de participação direta no furto das armas. Os sete tiveram os sigilos quebrados.
Os investigadores buscam troca de mensagens e movimentações bancárias que possam desvendar o furto. Uma das hipóteses investigadas é de que os militares tenham sido cooptados por facções criminosas.
Na madrugada do sábado (21), o secretário estadual da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, informou que a Polícia Civil conseguiu recuperar cinco metralhadoras .50 e quatro 7,62 mm.
De acordo com o secretário, o sucesso da operação foi resultado de um trabalho de inteligência conduzido pelos policiais de Carapicuíba, um município da Grande São Paulo. Para Derrite, o crime pode ter “consequências catastróficas” se o restante das armas cair nas mãos de facções.