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O Exército Brasileiro criou um grupo de trabalho para reformular o setor de Operações Especiais, onde atuam os chamados “kids pretos”. A corporação informou que a iniciativa é parte do “aprimoramento” da divisão e não está vinculada à investigação da Polícia Federal sobre a suposta participação de militares na tentativa de golpe.
O grupo é treinados para atuar em missões sigilosas. Em nota à Gazeta do Povo, o Exército destacou que a doutrina de Operações Especiais é “dinâmica em todo o mundo e está em constante atualização”.
“Alinhado com essa realidade, o Exército Brasileiro decidiu constituir um grupo de trabalho (GT) para identificar e propor ações voltadas ao aprimoramento da capacidade de Operações Especiais”, disse a Força.
O grupo de trabalho deverá concluir o relatório até o final de março de 2025, mas o prazo poderá ser prorrogado, caso necessário. A corporação destacou que a avaliação do GT "não tem motivação específica" e atende ao Planejamento Estratégico do Exército 2024-2027.
A PF investiga se integrantes dos “kids pretos” teriam utilizado técnicas que aprenderam no Exército para viabilizar o suposto plano de golpe, que incluía o assassinato do presidente Lula (PT), do vice Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo a PF, militares das Forças Especiais teriam sido os responsáveis pelo plano para matar autoridades. “As investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE)”, disse a PF na nota, após a Operação Contragolpe.