Recém-empossado presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) promoveu, na noite do sábado (1º), em Brasília, uma grande festa para comemorar sua eleição. O evento para cerca de 1,5 mil pessoas reuniu ministros do governo Lula, figuras políticas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deputados governistas e da oposição, além de aliados e empresários, como Wesley Batista, fundador da JBS, que foi delator na Operação Lava Jato.
Realizada em um espaço de eventos a poucos quilômetros do Congresso Nacional, a festa foi animada pelo cantor de forró paraibano Luan Estilizado e teve no cardápio desde pratos nordestinos, como camarão crocante com rapadura e caldo de moqueca, até filé mignon e risoto de queijo grana padano com rapadura. Eram oito as opções de sobremesas e também estavam à disposição dos convidados uísque bourbon, vinho e espumante.
Além de Arthur Lira (PP-AL), que passou o bastão da presidência da Câmara para Motta, o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (Republicanos), cassado em 2016, também foi prestigiar seu pupilo e, segundo relatos, era uma das figuras mais disputadas da comemoração para selfies e cumprimentos. A festa reuniu pelo menos cinco ministros da gestão Lula: Alexandre Padilha (Relações Institucionais), Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário), André Fufuca (Esporte), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e Luciana Santos (Ciência e Tecnologia).
Entre os nomes mais próximos de Bolsonaro na comemoração estavam o presidente do PP, Ciro Nogueira, e os deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ) e Eduardo Pazuello (PL-RJ), além de João Roma (PL-BA).
O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL-AL), o secretário de Segurança do governo Tarcísio de Freitas, Guilherme Derrite (PL-SP), o presidente da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), Marcelo Andrade, e o vice-presidente sênior da BYD no Brasil, Alexandre Baldy, também foram ao evento de Motta.
Marcaram presença ainda a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, e os presidentes do MDB, Baleia Rossi, e do Republicanos, Marcos Pereira.
Além de análises sobre como ficam as relações do Executivo com o Legislativo a partir de agora, um dos assuntos mais frequentes na festa foi a reforma ministerial, com pessoas próximas a Lula conjecturando a possível ida do ex-presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para a Esplanada dos Ministérios.
Animado com o evento de Motta, um petista próximo de Lula chegou a dizer a um jornalista que “o Centrão sabe fazer festa”. De acordo com membros da cúpula do Republicanos presentes na festa, no entanto, o novo presidente da Câmara custeou a recepção do próprio bolso, sem dinheiro do partido.
Festa de Alcolumbre foi “esquenta”
Já o novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) optou por uma comemoração mais discreta, na residência oficial, onde residirá pelos próximos dois anos. Marcada para 20h30, a festa começou sem a presença do anfitrião, que chegou por volta das 22 horas e ficou quase uma hora e meia recebendo cumprimentos até conseguir entrar.
O cardápio tinha risoto, camarão, moqueca de peixe com farofa e banana, além de salgadinhos. A música foi discreta até por volta da meia-noite, quando começou a apresentação do cantor mineiro Di Brasil. Para parte dos convidados, o jantar de Alcolumbre foi um “esquenta” para a festa de Hugo Motta.
Entre os que passaram na comemoração de Alcolumbre antes de ir para a de Motta estavam o ministro Alexandre Padilha e o senador Ciro Nogueira.
Um dos primeiros a chegar à casa do presidente do Senado foi o seu antecessor, Rodrigo Pacheco. Além de Padilha, o governo Lula foi representado na recepção pelos ministros Carlos Fávaro (Agricultura) e Waldez Góes (Integração), este indicado ao cargo por Alcolumbre. Dos 16 prefeitos do Amapá, 15 estiveram na festa. Apenas o prefeito da capital Macapá, Antônio Furlan (MDB), que é desafeto de Alcolumbre, não compareceu.
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