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Nesta quinta-feira (6), o jornal britânico, Financial Times, criticou o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, por decisões que provocaram o “desmonte do legado” da Operação Lava Jato, no Brasil.
O jornal citou o retorno dos irmãos Batista (Joesley e Wesley) aos círculos políticos e a proximidade dos empresários com o presidente Lula (PT) como sinais de “um surpreendente retorno da desgraça”.
O Financial Times lembrou que a JBS, empresa dos irmãos Batista, admitiu ter pago propina milionária e mantinha um departamento exclusivo responsável por gerenciar os repasses ilegais.
"A investigação de suborno de uma década descobriu corrupção generalizada envolvendo dezenas de políticos e empresários durante um período em que o partido de Lula estava no Poder. Grande parte do trabalho para desmontar os resultados da investigação — que recuperou bilhões de dólares de empresas envolvidas — está nas mãos do STF e, em especial, do ministro José Antônio Dias Toffoli”, diz um trecho do texto do Financial Times ao destacar que Toffoli foi advogado do PT e de Lula.
Em fevereiro de 2024, o Financial Times criticou uma decisão de Toffoli que determinou a investigação da ONG Transparência Internacional no âmbito da Operação Lava Jato, em que a organização iria gerir recursos provenientes do acordo de leniência firmado pelo grupo J&F.
O jornal também lembrou que, no mês anterior, Toffoli cancelou temporariamente a multa de R$ 10,3 bilhões que foi imposta à J&F dentro do acordo de leniência firmado com o Ministério Público Federal no âmbito da Operação Greenfield. A liminar foi autorizada pelo magistrado tendo como parte a advogada Roberta Rangel, esposa dele, em um litígio envolvendo uma das empresas do grupo.