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Venezuela

“Fiquei assustado”, diz Lula após Maduro falar em “banho de sangue” se perder eleição

Lula e o ditador venezuelano, Nicolás Maduro. (Foto: EFE/ André Coelho)

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O presidente Lula (PT) disse que ficou assustado com a fala do ditador da Venezuela, Nicolas Maduro, de que haverá um “banho de sangue” e uma “guerra civil” se a oposição venezuelana ganhar as eleições marcadas para o próximo domingo (28).

"Eu fiquei assustado com a declaração do Maduro dizendo que se ele perder as eleições vai ter um banho de sangue. Quem perde as eleições toma um banho de voto. O Maduro tem que aprender, quando você ganha, você fica; quando você perde, você vai embora", afirmou Lula durante entrevista a agências de notícias, nesta segunda-feira (22), no Palácio do Planalto.

Lula também disse que o Brasil enviará observadores e o assessor da Presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, para acompanhar as eleições venezuelanas.

"Se o Maduro quiser contribuir para resolver a volta do crescimento na Venezuela, a volta das pessoas que saíram da Venezuela e estabelecer um Estado de crescimento econômico, ele tem que respeitar o processo democrático", completou Lula.

O petista também disse já ter alertado Maduro sobre a importância das próximas eleições.

"Eu já falei para o Maduro duas vezes, e o Maduro sabe, que a única chance da Venezuela voltar à normalidade é ter um processo eleitoral que seja respeitado por todo o mundo", afirmou Lula.

“Se não querem que a Venezuela caia num banho de sangue, numa guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior sucesso, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo [...] Quanto mais contundente for a vitória, mais garantias de paz teremos. Quanto mais contundentes forem os votos, mais garantias de futuro vamos dar a estas meninas e estes meninos”, afirmou o ditador.

Desde que retornou à Presidência, Lula tem defendido o regime venezuelano e a proximidade com Maduro.

Na semana passada, ao discursar durante cerimônia para anúncio de investimentos em obras, em São José dos Campos (SP), Lula comparou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a um ditador e defendeu a relação do seu governo com as ditaduras da Venezuela e da Nicarágua comandadas, respectivamente, por Nicolás Maduro e Daniel Ortega.

Ano passado, ao defender o regime de Maduro, o presidente Lula disse que “o conceito de democracia é relativo” e que “a Venezuela tem mais eleições do que o Brasil”.

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