Flávio Bolsonaro disse ter sido “vítima de criminosos” que atuaram na Receita Federal para acessar seus dados.| Foto: Roque de Sá/Agência Senado.
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O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) voltou a negar envolvimento com o suposto esquema de espionagem ilegal dentro da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). Flávio publicou, na tarde desta quinta-feira (11), um vídeo nas redes sociais para comentar o caso.

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Ele disse ter sido “vítima de criminosos” que atuaram na Receita Federal para acessar seus dados. Mais cedo, a Polícia Federal deflagrou a quarta fase da Operação Última Milha e apontou que a “estrutura paralela” da Abin foi usada para proteger os filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“O grupo especial de Lula na Polícia Federal ataca novamente. Na ocasião em que eu fui vítima de criminosos que acessaram ilegalmente os meus dados sigilosos na Receita Federal, eles conseguem transformar isso em uso da Abin para me auxiliar de alguma forma”, afirmou o senador.

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A PF investiga um áudio, de 2020, que mostraria uma reunião entre o ex-presidente, o então diretor-geral da Abin e atual deputado federal, Alexandre Ramagem (PL), e o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.

Na gravação, segundo a corporação, os três “tratam sobre as supostas irregularidades cometidas pelos auditores da Receita Federal na confecção do Relatório de Inteligência Fiscal que deu causa à investigação” envolvendo Flávio no caso da suposta "rachadinha".

O senador disse que acionou a Receita após saber que seus dados teriam sido acessados de forma indevida. “Eu peticionei formalmente junto à Receita para saber quem tinha feito isso. E sabe qual foi a resposta? Indeferido, porque se tratava de informações sigilosas em que eu só poderia ter acesso mediante decisão judicial”, disse Flávio.

“Se o presidente [Jair Bolsonaro] interferisse em alguma coisa, eu não precisaria entrar na Justiça”, afirmou. O senador afirmou que “ouviu dizer” que foi instaurado um procedimento administrativo disciplinar (PAD) pela Receita contra as pessoas que teriam acessado indevidamente seus dados.

“Nada a ver com qualquer coisa da Abin. Eu não posso correr atrás dos meus direitos de vítima que eu fui de criminosos de dentro da Receita Federal que isso é usado contra mim. Faça-me o favor. Isso eu não vou aceitar”, frisou o senador.

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