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Fuga no RN

Há risco de foragidos de Mossoró saírem para países vizinhos, diz Interpol

Penitenciária Federal
Nomes de fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró foram colocados na lista vermelha de procurados pela Interpol. (Foto: divulgação/Senappen)

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Os dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN) na madrugada de quarta (14) tiveram os nomes colocados na lista vermelha da Interpol por risco de fuga para países vizinhos. Há o risco de que Rogério da Silva Mendonça, vulgo Querubim, e Deibson Cabral Nascimento, conhecido como Tatu, possam deixar o Brasil por terra principalmente para nações onde o Comando Vermelho tem atuação na América do Sul, segundo explicou o vice-presidente da Interpol para as Américas, Valdecy Urquiza, nesta quinta (15).

A inclusão dos nomes de Querubim e Tatu na lista vermelha foi confirmada mais cedo pelo secretário André Garcia, da Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), que acionou a polícia internacional e colocou as unidades nos países vizinhos em alerta. Há uma preocupação do tempo que transcorreu entre a saída dos dois detentos e a descoberta da fuga da penitenciária, em que informações preliminares apontam que pode ter sido de duas horas.

Segundo Urquiza, fugas de pessoas ligadas a facções criminosas sempre ligam o sinal de alerta por conta das ramificações destas organizações. Ele, no entanto, preferiu evitar comentar para quais países os criminosos poderiam fugir dada a distância de Mossoró até as fronteiras mais próximas com os países da América do Sul.

“Não dá para dizer que tem uma rota mais fácil ou que seria a escolha natural, mas o que se vê em casos semelhantes é esse na tentativa de se cruzar uma fronteira terrestre de países que dividem divisas com o Brasil mais propícios para receber esses fugitivos. Mas, desde o início do trabalho da Polícia Federal neste caso, nós já articulamos com as polícias dos países vizinhos para tentar reforçar a fiscalização dos pontos de controle migratório nestes locais que poderiam ser utilizados como rota”, disse em entrevista à GloboNews.

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Valdecy Urquiza explicou que o banco de dados da Interpol é ligado ao do controle migratório e de demais órgãos de segurança dos países em que está presente, o que facilita na identificação principalmente biométrica se alguém que consta na lista de procurados passar por algum ponto de controle de fronteiras e migrações. A medida, diz, é adotada de forma preventiva para caso uma fuga ao exterior venha a ocorrer.

O vice-presidente da Interpol nas Américas ressaltou que a inclusão de um nome na difusão vermelha da organização também automaticamente torna possível a prisão imediata do alvo assim que identificado pelas polícias locais, independente do país em que ocorreu. A partir disso, é iniciado o processo de extradição para a nação que abriu o pedido.

“O que se pretende com essas difusões é comunicar a comunidade internacional que o Brasil está a procura destes dois fugitivos e, eventualmente, se estiverem localizados no exterior, possam ser capturados e trazidos de volta ao país para dar continuidade ao cumprimento das penas as quais eles já vinham cumprindo no presídio federal”, completou Urquiza.

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