O PT definiu as bandeiras que vai defender no 25.º encontro do Foro de São Paulo, que será realizado entre a próxima sexta-feira (26) e o domingo (28), em Caracas, Venezuela. As diretrizes petistas no Foro são o fim do bloqueio econômico a Cuba e da ingerência dos Estados Unidos na Venezuela, a “liberdade do ex-presidente Lula" e o "apoio a candidaturas [presidenciais] progressistas da região”. O Foro de São Paulo é uma organização internacional que reúne partidos de esquerda da América Latina com orientação socialista.
Em nota divulgada em seu site, o PT diz que vai pedir o “fim da ingerência estadunidense nos assuntos internos” da Venezuela e que irá apoia as negociações de paz intermediadas pela Noruega. A Venezuela, comandada pelo ditador Nicolás Maduro, vive uma crise humanitária. No início de julho, um relatório do Comitê de Direitos Humanos da ONU apontou diversas violações na Venezuela. De acordo com o comitê, o governo de Maduro teria sido responsável pela morte de 5.287 pessoas no ano passado.
O PT também vai defender o fim do embargo econômico dos Estados Unidos à ditadura cubana. O partido pedirá ainda cumprimento dos acordos de paz, de 2016, assinados na Colômbia para encerrar a guerrilha de esquerda das Farcs. Ex-guerrilheiros afirmam o governo não estaria cumprindo o acordo e ameaçam voltar para a luta armada.
Defesa de candidaturas "progressistas”
O PT também vai defender as candidaturas “que representam os campos progressista e de esquerda” de Alberto Fernández (na Argentina, cuja vice será Cristina Kirchner), Evo Morales (Bolívia) e Daniel Martinez (Uruguai). Outro objetivo dos petistas no Foro de São Paulo é denunciar “a perseguição política e judicial das lideranças políticas e sociais da região” e retomar a campanha do Lula Livre.
O encontro deve acontecer entre os dias 25 e 28 de julho, em Caracas, na Venezuela, o tema deste ano do Foro de São Paulo é “Pela Paz, Soberania e Prosperidade dos Povos”.
Os participantes do Foro devem discutir temas como o "avanço do neoliberalismo e do imperialismo no mundo e na região". “Hoje o quadro é de uma forte contraofensiva neoliberal em todo o continente”, diz a nota do PT.
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