Uma imagem divulgada pela Polícia Federal nesta sexta-feira (16) mostra um buraco na parede da cela de um dos presos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). O buraco foi feito na altura de uma luminária, na lateral da parede, que não tinha a proteção de uma laje de concreto. Na madrugada de quarta (14), Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento fugiram da prisão de segurança máxima. Eles estavam em celas individuais, mas vizinhas, separadas por uma parede.
Os dois seriam vinculados ao Comando Vermelho e estavam detidos anteriormente em Rio Branco, no Acre. Esta é a primeira fuga de uma penitenciária federal desde que o sistema foi criado em 2006. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, detalhou como a investigação aponta que a fuga teria ocorrido. Os fugitivos teriam passado pelo buraco na parede para chegar ao “shaft”, um vão interno feito para a passagem de instalações e tubulações.
“Eles conseguiram sair pela luminária e entraram naquilo que se chama shaft, aquele local onde se faz a manutenção do presídio… De lá, conseguiram alcançar o teto do sistema prisional, não havia nenhuma laje, nenhuma grade, nenhum sistema de proteção”, disse Lewandowski em coletiva de imprensa concedida nesta quinta-feira (15).
Após ultrapassarem o shaft e o teto do prédio, os dois detentos chegaram ao pátio da unidade, encontraram ferramentas que eram utilizadas na reforma da penitenciária, cortaram as grades externas com um alicate e chegaram à rua. A administração do presídio só percebeu a fuga cerca de duas horas depois, informou a GloboNews. Cerca de 300 policiais procuram os dois detentos. A busca está concentrada num perímetro de cerca de 15 quilômetros de distância do presídio até o centro da cidade.
O ministro afirmou que destacou que câmeras de segurança não detectaram carros se aproximando do presídio, por isso os fugitivos podem ainda estar no local. Além disso, não foram registrados furtos ou roubos de veículos, mas uma casa teria sido arrombada na região.
Mais cedo, a Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) informou que os policiais encontraram pegadas e diversos objetos, incluindo roupas, toalhas e lençóis, descobertos em uma área rural de Mossoró, a cerca de 7 quilômetros da penitenciária.
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