A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) criticou o governo federal nesta segunda (11) por causa da retomada das invasões de propriedades pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), principalmente uma que viralizou nas redes sociais na última semana e que teria ocorrido em Parauapebas (PA).
O vídeo mostra um homem que seria um “assistente social” do MST expulsando um produtor de uma casa simples na zona rural da cidade. Ele deu uma ordem para que saísse do local por conta da “ocupação” da propriedade, alegando que é uma área improdutiva – embora haja uma criação de gado.
O homem não mostrou uma identificação, apenas disse que é um “assistente social” do movimento pedindo para ele se retirar da propriedade. A FPA afirmou que os produtores estão vivendo uma sensação de insegurança no campo, com medo de invasões.
“A FPA reforça, mais uma vez: invasão de terra é crime. Os produtores rurais precisam de segurança e paz no campo. São diversas famílias rurais pelo Brasil com medo de invasões, roubos e violência. Lula, é esse governo federal que faz justiça social, para quem”, questionou a FPA em uma postagem nas redes sociais (veja na íntegra junto do vídeo da invasão).
O questionamento se refere ao ato de Lula durante o lançamento do plano “Ruas Visíveis”, mais cedo, em que apresentou uma política pública voltada à população em situação de rua, com investimento de R$ 982 milhões.
Junto do suposto “assistente social” do MST, uma mulher questiona o produtor para que ele saia da propriedade por conta da “ocupação” da fazenda, sem indicar o que faria com os animais criados ali. Incrédulo com a situação, ele apenas ouvia as afirmações dos invasores.
“Questão de gado e de terra não compete mais a você e nem ao proprietário dessa terra. Não compete mais a ninguém, compete a quem está ocupando agora”, disse a mulher no trecho.
“A gente está apenas comunicando que até as 8 horas você faça o favor de se retirar deste espaço”, completou.
O MST informou que a retirada do proprietário da fazenda ocorreu “de forma respeitosa e sem violência”, e que ele “estava armado e ameaçando as famílias ocupantes”, o que não é registrado em nenhum momento da gravação.
“A reivindicação era de que o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e a Justiça fizessem a vistoria da terra, e, comprovada a sua situação ilegal, que a mesma fosse colocada à disposição da reforma agrária”, afirmou o movimento.
O MST afirmou que a propriedade é improdutiva e seria fruto de grilagem.
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