O advogado Frederick Wassef, citado no inquérito que apura o desvio de presentes oficiais do governo para venda nos Estados Unidos, teve o telefone celular apreendido pela Polícia Federal na noite desta quarta (16). A apreensão ocorreu no momento em que o jurista jantava em um restaurante em um shopping da zona sul de São Paulo.
O mandado de busca e apreensão foi individualizado, ou seja, teve apenas o advogado como alvo. O carro dele também foi revistado pelos policiais. Segundo apuração do G1, Wassef portava quatro aparelhos e se mostrou surpreso com a ação, mas não manifestou resistência.
Frederick Wassef não se pronunciou sobre a apreensão.
A operação da PF contra o advogado ocorreu dois dias depois dele próprio admitir que comprou um relógio Rolex de luxo vendido por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para devolver à União. O objeto é um dos vários apontados por um inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) que apura o desvio de presentes oficiais recebidos pelo governo brasileiro para serem vendidos.
Wassef chegou a negar, no último fim de semana, qualquer relação com o relógio de luxo citado no inquérito, mas mudou a versão dias depois. A nova alegação foi recebida com surpresa pela PF.
O advogado é citado no inquérito por ter recomprado o objeto, que teria sido levado aos Estados Unidos pelo ex-presidente no final do ano passado e vendido a uma loja no estado da Pensilvânia. O relógio foi alvo de um pedido do Tribunal de Contas da União (TCU) para ser devolvido ao governo.
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