Após as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra Israel, a Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional avalia iniciar nova obstrução contra o governo em repúdio. Ao receber repatriados da Faixa de Gaza, entre o fim da noite de segunda-feira (13) e madrugada desta terça-feira (14), Lula acusou o governo israelense de fazer "terrorismo" contra Gaza.
Questionado sobre a relação entre a bancada e o Executivo após as afirmações do petista, o presidente da Frente Parlamentar Evangélica no Senado e do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, o senador Carlos Viana (Podemos-MG), reforçou o posicionamento do colegiado e afirmou que a obstrução dos trabalhos legislativos é avaliada.
"Nós temos nossos posicionamentos muito bem definidos [...] Não descartamos iniciar obstrução nas duas casas para deixar claro nosso descontentamento com o discurso do presidente", disse o senador. Por conta do feriado deste dia 15, o parlamentar informou que qualquer decisão será tomada na próxima semana.
Caso se concretiza, o movimento pode se assemelhar ao que foi registrado em setembro, quando partidos de oposição e as Frentes Parlamentares da Agropecuária, Evangélica, Católica e da Segurança Pública realizaram um boicote a votações de projetos do governo devido à interferência do Supremo Tribunal Federal (STF) em matérias de competência do Congresso Nacional, como a descriminalização do aborto e a legalização das drogas.
A obstrução foi finalizada em 18 de outubro após a oposição conversar com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A negociação envolveu o avanço propostas de emenda à Constituição que limitam as decisões monocráticas de ministros do STF, como de fato ocorreu.
Em nota de repúdio, assinada por Viana e pelo presidente da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional, o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM), o grupo destacou que Lula deveria agradecer a Israel pela liberação dos brasileiros.
"O presidente Lula deveria agradecer aos israelenses que alertaram a Polícia Federal brasileira sobre os possíveis atentados terroristas do Hezbollah no Brasil, e que certamente matariam inocentes em nosso território. Lula omite que o Hamas perpetrou um ataque covarde ao Estado de Israel, matando, estuprando e queimando perto de 1.3 mil pessoas. Outras três centenas são mantidas reféns pelo grupo terrorista, em Gaza", diz trecho da nota.
Confira a nota na íntegra:
O Grupo Parlamentar Brasil-Israel e as Frentes Parlamentares Evangélicas do Senado e do Congresso Nacional condenam veementemente os ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Estado de Israel, comparando uma nação soberana e democrática aos terroristas do Hamas.
O presidente Lula deveria agradecer aos israelenses que alertaram a Polícia Federal brasileira sobre os possíveis atentados terroristas do Hezbollah no Brasil, e que certamente matariam inocentes em nosso território. Lula omite que o Hamas perpetrou um ataque covarde ao Estado de Israel, matando, estuprando e queimando perto de 1.3 mil pessoas. Outras três centenas são mantidas reféns pelo grupo terrorista, em Gaza.
O Brasil de forma oficial deveria criticar e exigir o fim do financiamento ao terrorismo mantido pela República Islâmica do Irã aos grupos do Hamas e Hezbollah. É bom lembrar ao presidente Lula, que o Irã se tornou recentemente membro dos Brics por influência do Brasil.
O presidente Lula está mal orientado pelo atual grupo que comanda o Ministério das Relações Exteriores e que, cada vez mais, leva o Brasil a se apequenar no cenário mundial entre os países desenvolvidos e democráticos.
É importante, ainda, informar ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva que Israel é o único país do Oriente Médio em que os cristãos, judeus e muçulmanos podem professar livremente a fé e criar os filhos nas próprias crenças protegidos pela legislação.
Senador Carlos Viana,
Presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel
Presidente da Frente Parlamentar Evangélica do Senado Federal
Deputado Federal Silas Câmara,
Presidente da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional
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