O deputado federal Alexandre Frota, do PSL de São Paulo, desferiu uma série de críticas a integrantes do seu próprio partido e também ao governo do presidente Jair Bolsonaro.
A primeira provocação do deputado foi o compartilhamento de um texto do portal O Antagonista no qual pergunta, ironicamente, se os deputados do PSL que apresentaram emendas propondo aposentadorias especiais para várias categorias irão às ruas com os sindicalistas no próximo dia 14, contra a reforma da Previdência.
O parlamentar ainda questionou a afirmação de Bolsonaro, na "live" realizada nesta quinta-feira (30), de vetar a gratuidade de bagagens nos voos. "Isso vai contra a população, eu não entendo", disse Frota. "Deixa o povo viajar com sua bagagem, Bolsonaro", pediu.
Na sequência, o Frota retuitou um post do jornalista Guga Chacra criticando a ideia de Bolsonaro de transformar Angra dos Reis (RJ) em uma "Cancún brasileira". "Óbvio que um turista americano optará por Cancún pelo preço e distância", diz o comentário. Frota ainda publicou uma imagem de um resort no balneário mexicano com a legenda "se alguém souber, em Angra dos Reis, onde fica algo parecido com Cancún, me avise que vou pra lá amanhã".
O deputado, então, compartilhou imagens de uma conversa de um grupo do PSL no Estado de São Paulo, acusando uma advogada que aparece convocando os membros do grupo para a posse do novo presidente estadual da sigla, Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do presidente. Frota postou a conversa comentando que a advogada estava fazendo a convocação "sem poder passando por cima do estatuto". "É mais um rolo do PSL", comentou.
O deputado paulista ainda compartilhou a capa da Revista Crusoé com a manchete "os agiotas do líder", que acusa o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDB-PE), de arrecadar dinheiro junto a empreiteiras envolvidas na Lava Jato. Sobre o tema, Frota disparou: "É isso que não entendo. Como pode ser senador? Líder do governo? Tá de brincadeira".
Queda de braço com Eduardo Bolsonaro
Frota o deputado Nicolino Bozzella Júnior, também do PSL de São Paulo, entraram com pedido junto à direção do partido, nesta semana, para que o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) seja desligado da presidência da legenda no estado. Os parlamentares alegam que Bolsonaro se ausentou de sucessivas reuniões partidárias, o que iria contra o estatuto da sigla.
“O Eduardo nunca foi a uma reunião e nunca assinou uma ata”, afirmou Frota. Segundo ele, o estatuto do PSL estabelece que dirigentes não podem faltar a mais de cinco reuniões seguidas. “O partido precisa fazer o dever de casa se quiser se tornar um partido grande.”
Frota também já havia pedido uma auditoria nas contas do PSL paulista. Segundo ele, a averiguação teria como ponto de partida o período eleitoral.
A posse de Eduardo Bolsonaro como presidente do PSL foi anunciada no último dia 1º, em substituição ao senador Major Olimpio. Frota já havia se manifestado anteriormente contra a indicação, na esteira das negociações para que o apresentador José Luiz Datena se filie ao PSL e cogite uma candidatura à prefeitura paulistana.
A assessoria de Eduardo Bolsonaro informou que o deputado está em lua de mel (ele se casou no último sábado, dia 25) e não iria comentar o pedido de Frota e Bozzella. Presidente Nacional do PSL, Luciano Bivar disse que “o partido está bem com Eduardo” como presidente do diretório de São Paulo e que iria conversar com Alexandre Frota sobre a situação. “Está tudo em paz”, comentou Bivar.
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